Ciência
23/02/2023 às 12:00•3 min de leitura
Ao longo da história moderna, as guerras favoreceram a ocorrência de eventos significativamente danosos, onde exércitos e tropas de estrategistas de combate aéreo foram capazes de destruir a soberania militar de países rivais e geraram impactos no moral global. Enquanto algumas unidades obtiveram sucesso em suas expedições, outras viram o fracasso resultar em problemas irreversíveis, comprometendo o rumo das batalhas de forma inesperada.
Situações catastróficas envolvendo ataques aéreos, além de afetar cidades, estruturas e populações em larga escala, fundaram um conhecimento militar que perpetuou por anos e inspiraram inúmeros ataques em larga escala. Nesses casos, combatentes mais vorazes marcaram o militarismo moderno, com decisões e ações determinantes para o curso da história. Confira abaixo alguns dos ataques aéreos que marcaram seus conflitos com registros surpreendentes:
(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Idealizado pelo General Curtis LeMay, o bombardeio de Dresden, popularmente chamado de Operação Meetinghouse pelas Forças Aéreas do Exército dos EUA (USAAF), ocorreu em 10 de março de 1945 e consistiu em um ataque de 279 Boeing B-29 Superfortress contra uma Tóquio incapaz de revidar. Considerada a maior investida aérea da história, seus impactos resultaram em muito mais que 200 mil mortes. Além disso, estima-se que centenas de milhares de civis tentaram escapar das chamas, enquanto mais de um quarto de milhão de edifícios foram destruídos e mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas.
(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Barão Jean Michel de Selys Longchamps, aristocrata belga que atuou na Força Aérea Real Britânica, conduziu um ataque solo a Gestapo. Quando seu país natal foi conquistado pelos nazistas, a antiga polícia secreta oficial da Alemanha montou um quartel-general na Avenida Louise, em Bruxelas, e capturou o pai do militar, torturando-o até a morte.
Como forma de se vingar, Longchamps elaborou um plano para bombardear o centro de operações rival. Enviado para uma missão comum a fim de metralhar uma ferrovia perto de Gent, ele aproveitou para fazer um desvio a Bruxelas e visitar seus inimigos. Quando a missão autorizada foi concluída, o barão sobrevoou o local e atirou com quatro canhões automáticos de 20 mm. Essa golpe teria vitimado cerca de 30 nazistas, mas resultou no rebaixamento de patente do militar.
(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Em resposta ao ataque japonês à base de Pearl Harbor, o presidente Roosevelt anunciou que os Estados Unidos deveriam reprimir imediatamente seus adversários. Em parceria com a Marinha, os norte-americanos contaram com o apoio do tenente-coronel James Harold “Jimmy” Doolittle, um famoso piloto de aviões e engenheiro aeronáutico do pré-guerra. O especialista em ataques aéreos, então, selecionou 24 tripulações voluntárias e duas dúzias de B-25 para enviar ao solo de Minneapolis.
Por três semanas, os interessados em participar do ataque foram treinados e aprenderam tudo sobre uma investida organizada. Os aviões com bombas foram armazenados no USS Enterprise em 12 de abril de 1942 e, ao chegar a cerca de 1.200 quilômetros do Japão, deu início a uma ofensiva digna de revanche. O dano físico do ataque foi leve, mas o impacto psicológico nos japoneses foi enorme. Territórios de Tóquio, Yokohama, Kobe, Osaka, Nagoya e Yokosuka foram afetados e resultaram em uma medalha de honra para Doolittle.
(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Em 17 de agosto de 1943, para comemorar o início da campanha de bombardeio contra a Alemanha, a Oitava Força Aérea dos Estados Unidos preparou um ataque duplo destinado a paralisar a indústria aeronáutica dos adversários. Com a proposta de lançar dois golpes e confundir as defesas alemãs, bem como de dispersar os caças da Luftwaffe, Regensburg e Schweinfurt foram escolhidos como alvos centrais.
Em um primeiro momento, com um total de 146 aviões, sete grupos de bombardeiros pesados B-17 foram em direção a Regensburg, mas viram os alemães retaliarem tanto as forças principais dos EUA quanto equipes de apoio. Enquanto isso, as tropas enviadas para atacar Schweinfurt sofreram danos bem maiores, e atrasos no planejamento favoreceram um contra-golpe alemão, permitindo que os alvos fossem destruídos e que grupos de apoio fossem enviados como suporte em Regensburg.
Apesar de os alvos alemães terem sofrido golpes significativos, esses impactos não geraram maiores problemas para a indústria, que se reergueu poucos dias após o último confronto. Curiosamente, a Oitava Força Aérea dos EUA tentou investir mais uma vez contra Schweinfurt, mas as perdas foram ainda maiores.