Artes/cultura
15/03/2023 às 08:00•3 min de leitura
A história da humanidade nos mostra que as diferentes civilizações que já habitaram o mundo tinham seus tesouros, que não necessariamente eram metais preciosos ou dinheiro, mas sim objetos ou lugares especiais para aqueles povos. Muitos acabaram roubados ou saqueados durante guerras, ou invasões inimigas, já outros simplesmente desapareceram de modo misterioso.
Enquanto alguns reapareceram, permitindo que aprendêssemos mais sobre a cultura e as formas de organização social destes povos, outros permanecem sumidos, ocultos em lugares desconhecidos. Apesar da probabilidade de que alguns nem existam mais, preparamos uma seleção dos que pesquisadores, arqueólogos e caçadores de relíquias mais gostariam de encontrar. Confira.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Evangelho Q ou Fonte Q é o nome dado por estudiosos modernos a um suposto texto, datado do século I d.C., que conteria uma série de informações atribuídas a Jesus Cristo. Sua existência é alvo de grande polêmica entre estudiosos, com parte deles defendendo que este material nunca existiu.
Partindo do pressuposto de sua existência, ele seria um material riquíssimo, por teria sido a base para que os livros de Mateus e Lucas, presentes no Novo Testamento, fossem redigidos. Desaparecido, o material seria capaz de elucidar características do período, ampliando a compreensão sobre Jesus Cristo e seus feitos.
Teólogos modernos sugere que o Evangelho Q (vem do alemão "quelle", que significa "fonte") teria sido a fonte a partir da qual escritores do Novo Testamento teriam criado livros bíblicos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
De origem incerta, ainda que a maior parte dos pesquisadores concorde que haveria sido encontrado na Índia, antes de chegar à Europa, no fim do século XV, o diamante florentino tinha uma linda cor amarela e possuía 137 quilates.
A imprecisão acerca de seu trânsito na Europa dificulta entender parte importante de sua história (por exemplo, ele chegou a ser maior?), mas o que se sabe é que, no século XX, após a Primeira Guerra Mundial, Carlos I, último imperador do Império Austro-Húngaro, fugiu para a Suíça, confiando o diamante ao advogado Bruno Steiner, responsável por vendê-lo.
Acontece que isso nunca ocorreu: o diamante florentino desapareceu, Steiner foi preso, acusado de fraude, e a pedra preciosa, ao que tudo indica, acabou recortada em uma série de diamantes menores, nunca encontrados.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Retábulo de Gante é uma obra de arte complexa, composto por 12 painéis, sendo que oito deles são venezianas. Pintada por Hubert e Jan van Eyck na Catedral de São Bavão, em Gante, na Bélgica, no século XV, a obra mostrava uma série de personagens a cavalo em dois dos painéis, chamados de Juízes Justos.
Apesar das identidades incertas, acredita-se que Filipe III da Borgonha, duque à época que o retábulo foi criado, seja um dos personagens. Em 1934, os Juízes Justos foram roubados e nunca mais achados. O desejo de reaver a peça, no entanto, faz com que o arquivo do caso permaneça aberto, contando atualmente com mais de 2 mil páginas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Diferentes joias foram surripiadas ao longo da história da humanidade, mas nenhuma chama tanto a atenção quanto o sumiço das joias da Coroa Irlandesa. Roubadas de dentro do Castelo de Dublin, em 1907, elas não integravam, efetivamente, nenhuma coroa, mas estavam em uma estrela da Ordem de São Patrício, um broche de diamante e cinco colares de ouro, todos pertencentes aos soberanos.
As joias ficavam guardadas em uma biblioteca, sobre a posse da Grã-Bretanha, que controlava a atual República da Irlanda à época, mas a falta de segurança permitiu que o roubo fosse possível. As peças nunca foram encontradas, mantendo o mistério até sobre os responsáveis pelo roubo, ainda que muitos suspeitos tenham sido apontados ao longo dos anos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A Câmara de Âmbar era uma belíssima sala construída no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo a São Petersburgo. Seu interior continha mosaicos dourados, espelhos e esculturas, além de grandes painéis com mais de 450 quilos de âmbar.
Sua construção foi um esforço conjunto de russos e alemães, tendo sido projetada pelo escultor barroco alemão Andreas Schlüter e construído pelo artesão dinamarquês Gottfried Wolfram, entre 1701 e 1709. Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi tomada pelos alemães, precisamente no ano de 1941.
Os nazistas desmontaram toda a sala, levando os painéis e as obras de arte que ali estavam. Nada nunca foi encontrado, mesmo após o fim da guerra. Em 1979, iniciou-se o projeto de restauro da sala, concluído em 2003 por artesãos russos.