4 momentos na história da música que chocaram o mundo

A música faz parte da vida. É por essa razão que ela é capaz de causar grande impacto, seja por uma canção, um show, um álbum ou a trajetória de um artista, ou grupo. Só que a história também nos mostra que certos acontecimentos também são marcantes pelo choque que as pessoas sentem com eles.

Seja uma tragédia aérea, como no caso de Ritchie Valens ou dos Mamonas Assassinas, seja pela morte de fãs esmagados durante um show do Pearl Jam na Dinamarca, ou pelo The Doors falar um palavrão ao vivo no horário nobre da TV norte-americana. Vem com a gente que vamos te contar alguns desses casos.

1. O ódio à disco music

(Fonte: Wikimedia Commons)

A disco music foi um fenômeno gigantesco. Se você quer entender uma parcela de sua importância, pense que Os Embalos de Sábado à Noite não apenas alçou John Travolta ao estrelato, mas cooperou na solidificação do movimento musical na cultura popular. Acontece que nem todo mundo ficou satisfeito com isso.

O ponto crucial da revolta veio em uma noite de verão de 1979, com um tumulto que ficou conhecido como Disco Demolition Night. Criado pelo radialista Steve Dahl com ajuda da equipe de beisebol White Sox, o movimento fez com que inúmeros discos de vinil de disco music fossem queimados no meio do gramado durante o intervalo de um jogo.

Mais de 50 mil pessoas lotaram o estádio e um tumulto sem proporções tomou conta quando o público invadiu o campo, estragando a grama, destruindo bancos e roubando as bases. Um episódio lamentável e que, coincidência ou não, culminou com a derrocada do gênero musical.

2. A fixação de Mozart com bundas

(Fonte: Wikimedia Commons)

A próxima vez que te disserem que a música atual é problemática ou de baixa qualidade, conte a história de "Leck mich im Arsch", canção composta por Wolfgang Amadeus Mozart em 1782. Não está entendendo? Bem, em tradução literal, a música se chama algo como "lamba minha bunda".

Pois é, não se sabe ao certo a razão, mas o compositor clássico, com cerca de 600 músicas criadas, considerado um dos maiores da música clássica, tinha fixação com essa parte do corpo humano. Acha que é caso isolado? Pois procure a letra de outra composição do músico, chamada "Bona Nox", mas cuidado: é total NSFW.

3. A gravadora que disse não aos Beatles

(Fonte: Wikimedia Commons)

Que os Beatles são uma das maiores, quiçá a maior, banda do mundo, pouca gente vai ser doida de discutir. Mas até o grupo de Liverpool atingir esse status, muita água rolou, o que significa dizer que tomaram muitos nãos. O maior exemplo foi da Decca Records, e o maluco responsável por dizer não ao quarteto foi Richard Rowe, chefe de captação de talentos da gravadora.

Certa vez, em 1962, os Beatles foram a Londres se apresentarem para Rowe. Além de chegar atrasado na apresentação, o executivo criou uma série de dificuldades, como proibir que usassem os equipamentos do estúdio.

No fim, Rowe disse ao empresário dos Beatles que não iria assinar com eles porque "bandas com guitarra vão sair de moda". Um excelente exemplo de como estar completamente errado.

4. Leslie Harvey eletrocutado

(Fonte: Wikimedia Commons)

Não é roteiro da franquia de filmes de terror Premonição, mas poderia ser. Leslie Harvey foi um guitarrista escocês que esteve envolvido na cena musical do Reino Unido com nomes de peso, como The Animals e Led Zeppelin. Aliás, ele recusou o convite para entrar na primeira e foi músico de suporte da segunda.

No fim dos anos 1960, ele havia montado uma banda chamada Blues Council, que sofreu um acidente na volta de um show, vitimando quase todos que estavam na van. Sobrevivente, Harvey decidiu montar a Stone the Crows, que estava crescendo na carreira, com três discos muito elogiados pelos críticos.

Acontece que a morte cruzou seu caminho, e dessa vez sem curva: durante uma apresentação no Swansea Ballroom, no País de Gales, o microfone que Harvey utilizava estava mal aterrado. Ao tocá-lo com as mãos molhadas, o músico foi eletrocutado até a morte, ao vivo, diante de milhares de espectadores.