4 exploradores que sumiram sem deixar rastro

Desparecimentos não são casos isolados ao longo da história e em qualquer lugar do mundo, mas com certeza alguns deles fazem diversas pessoas ficarem com uma pulga atrás da orelha — especialmente quando envolvem exploradores.

Por conta disso, vamos relembrar aqui alguns casos de pessoas que acabaram desaparecendo enquanto realizavam algum tipo de trabalho ou tentavam desbravar áreas novas.

1 e 2. Gaspar e Miguel Corte Real

(Fonte: GettyImages/Reprodução)

Essa história já começa indicando o caso em que uma pessoa se perdeu enquanto tentava encontrar outra que já havia sumido sem deixar qualquer tipo de rastro para trás.

Em 1503, Vasco Corte-Real queria realizar uma expedição à região onde hoje fica o nordeste do Canadá com o intuito de procurar seu irmão mais novo Miguel, que desapareceu ao largo da costa da Terra Nova enquanto tentava procurar Gaspar (outro irmão que também havia sumido enquanto passava pelo local). Entretanto, Vasco foi impedido pelo rei de Portugal.

Em 1501, Gaspar decidiu explorar a região da Terra Nova e chegou até o local com segurança, mas na volta uma tempestade fez com que um dos três navios que partiram de Portugal (aquele em que Gaspar estava) se perdesse.

Em maio do ano seguinte, Miguel preparou três de suas caravelas para tentar encontrar seu irmão. Após vasculharem Labrador e Terra Nova, os capitães decidiram se separar para vasculhar mais a área e se encontrar um mês mais tarde. Porém, Miguel misteriosamente nunca mais apareceu, e a explicação mais plausível seria eles terem ficado presos no gelo após se aproximar da baía de Hudson.

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3. Everet Ruess

(Fonte: Listverse/Reprodução)

Everet Ruess era um jovem escritor e artista que, aos 16 anos, decidiu explorar o deserto do sudoeste americano, passando seus próximos quatro anos de vida viajando pelas áreas remotas de Utah, Novo México, Arizona e Colorado. Essa grande expedição era financiada vendendo pinturas das áreas que visitava.

Em novembro de 1934, ele foi avistado conduzindo dois burros próximo ao cânion Davis Gulch e ao Escalante River, e acredita-se que tenha morrido pouco tempo depois. Porém, foi apenas quatro meses após esse fato que seus pais começaram a ficar preocupados, já que estavam sem receber nenhuma comunicação do filho (que esporadicamente lhes enviava cartas).

Ele nunca mais foi encontrado depois disso e, curiosamente, em um de seus últimos poemas, ele pedia para o mundo dizer “que morri de fome; que eu estava perdido e cansado; que eu fui queimado e cegado pelo sol do deserto… mas que mantive meu sonho!”.

4. Henry Hudson

(Fonte: Hyperscience/Reprodução)

O explorador britânico Henry Hudson teve coragem para se aventurar na região gelada do Ártico no século XVII, que até então era desconhecida. E, bem, para estar aqui, é porque certamente algo deu muito errado nessa empreitada.

Hudson tinha como planos encontrar a mítica Passagem do Noroeste, dando aos navios europeus a chance de chegar às Índias através do Ártico. Ele realizou duas viagens com esse intuito em 1607 e 1608, mas sem sucesso. Ele partiu uma terceira vez na tentativa de fazer essa descoberta, mas os ventos não estavam favoráveis e ele convenceu a tripulação a viajar para a América do Norte, explorando a área onde hoje é o rio Hudson.

Em 1610, ele viajou uma quarta vez para essa área em um navio chamado Discovery. Havia esperança para os tripulantes quando cruzaram a área onde hoje é o estreito de Hudson e chegaram à baía de Hudson. Porém, o cenário mudou quando passaram um inverno nas águas geladas do norte do Canadá, e foi aí que sua tripulação começou a se dividir e perceber que ele não sabia trabalhar o emocional do time.

A coisa degringolou ainda mais quando se espalhou um boato entre a tripulação de que ele estava estocando alimentos para seus favoritos. Um motim foi realizado em 1611 e, como resultado, Hudson e outras oito pessoas, incluindo seu filho, ficaram à deriva em um pequeno barco nas frias águas da baía de Hudson. 

O grupo até tentou remar atrás do Discovery sem sucesso, e como resultado os corpos dos nove tripulantes do pequeno barco nunca foram encontrados.