Estilo de vida
26/06/2023 às 02:00•3 min de leitura
Quando se fala em Era Medieval, as primeiras imagens que costumam vir à mente são batalhas entre cavaleiros, usando brilhantes armaduras, espadas e escudos. Outro ponto que geralmente é lembrado é a forma como viviam as pessoas, divididas entre plebe e nobreza. Além, é claro, dos imensos e gloriosos castelos.
Local onde viviam muitos nobres e famílias reais, estas imponentes construções eram sempre recheadas de riquezas. Consequentemente, elas precisavam ser muito bem protegidas — e hoje a gente vai te mostrar algumas das formas mais interessantes usadas para defender castelos na Idade Média.
De maneiras criativas e geniais, passando por jeitos de utilizar a natureza e a topografia ao seu favor, a seguir, listamos as 7 formas de defesa mais fascinantes usadas em castelos medievais:
Portões eram bastante fortificados, com estruturas sólidas e bases para soldados auxiliarem na defesa
Além das altas torres, um dos pontos que mais costuma chamar a atenção em castelos são seus imensos portões. Geralmente muito bem projetados, visando aguentar potenciais investidas inimigas, eles também eram fortemente armados e contavam com todo tipo de estratégia defensiva que você possa imaginar de ser utilizada naquela época.
Além das grades de aço, era bastante comum ter locais para acomodar soldados e arqueiros. Em alguns casos, portões chegavam a ser tão fortificados que eram capazes de segurar não apenas ataques com aríetes, mas até mesmo as poderosas pancadas de animais imensos como elefantes.
As ameias auxiliavam na defesa dos arqueiros
Sabe aqueles quadradinhos "vazados" no topo das torres, muralhas e pontes de castelos? Apesar de bonitinho, aquele tipo de construção não tinha muito a ver com a estética.
Conhecidos como ameias, aqueles blocos de pedra e tijolos na realidade serviam para oferecer defesa contra flechas para arqueiros e demais soldados, que as usavam para evitar serem alvejados pelos inimigos invasores.
Barbacãs serviam como uma proteção extra fora das muralhas
Uma forma muito comum de manter a integridade das muralhas dos castelos era utilizar barbacãs, que nada mais eram do que muros menores. Sua função era justamente oferecer uma proteção extra e ficavam geralmente localizados em pontos estratégicos, como entre muralhas e fossos.
Escadas em espiral serviam como forma de pegar adversários desprevenidos e alinhados
Mesmo quem nunca teve a oportunidade de visitar um castelo de verdade já deve ter visto em séries de TV, filmes e até em videogames que muitas escadas têm formato em espiral. Isto era especialmente comum em torres, servindo de acesso a áreas de defesa dos castelos, por exemplo.
Geralmente bastante estreitas, a ideia era obrigar adversários a avançarem mais devagar, muitas vezes em fila e sem conseguir enxergar muito à frente, dando aos soldados na defensiva uma maior vantagem.
Alguns castelos utilizavam a geografia local a seu favor
Não só da engenhosidade humana viviam as defesas dos castelos medievais: muitos deles se aproveitavam de construções naturais, como montanhas, lagos e grandes rios, por exemplo. É por este motivo que é relativamente comum ver castelos no topo de montanhas, geralmente próximos às partes mais íngremes.
A ideia era justamente dificultar qualquer investida por ali, permitindo às forças de defesa reforçar a guarda em outros pontos de acesso mais fácil, já que dificilmente exércitos invasores teriam meios de escalar centenas de metros de altura. E, caso tentassem, seria muito difícil escapar da mira dos atiradores de elite do castelo, que poderiam atingi-los sem muito esforço.
Alguns castelos utilizavam verdadeiros labirintos em suas instalações para confundir e atrasar invasores
Essa aqui é bem fácil de explicar: adicionar labirintos complexos à entrada do castelo dificultava — e muito — qualquer invasão. Fazer o adversário se perder era uma forma genial de desacelerar a invasão, separar as tropas inimigas e abatê-las mais facilmente.
Passagens secretas eram muito úteis para fugir de ataques, se movimentar pelo castelo e pegar inimigos de surpresa ou dar uma rápida escapadinha
Se você achava que isso era coisa de ficção, não se engane: passagens secretas eram algo muito comum a castelos. E não apenas para fugir de mansinho, evitando conflitos: este era apenas o papel dos nobres, que escapavam pelas passagens escondidas. Muitas vezes os próprios soldados se aproveitavam destas passagens ocultas para pegar inimigos de surpresa.
Além disso, era comum aos membros da nobreza e da família real perambular pelas passagens secretas para evitar os olhos alheios.
Quando o assunto era manter a integridade física e proteger a vida das pessoas por detrás das muralhas, as linhas de defesa não brincavam em serviço. É por isso que algumas das imagens mais icônicas de castelos medievais mostram sempre imponentes torres de arqueiros, portões extremamente reforçados e grandes e profundos fossos diante das muralhas.
Com a segurança não se brinca hoje — e não era lá muito diferente centenas de anos atrás.