Estilo de vida
10/11/2024 às 12:00•2 min de leituraAtualizado em 10/11/2024 às 12:00
As regras de etiqueta social mudam com o tempo e também segundo a cultura de cada lugar. Ou seja, o que é considerado educado em certo lugar pode não ser ao outro.
Como elas mudam constantemente, muitas regras sociais nas culturas e civilizações antigas hoje podem parecer bem estranhas aos nossos olhos do presente. Não dá nem para entender por que as pessoas cogitaram fazer essas coisas, mas o fato é que essas fascinantes regras de etiqueta realmente existiriam em algum momento da história.
Na Índia antiga, fazia-se uma distinção muito rígida entre a mão direita e a esquerda, com uma forte conexão com as práticas religiosas hindus. A mão esquerda era reservada para tarefas consideradas impuras, como a higiene pessoal. Já a mão direita era destinada às refeições, que eram mais do que apenas comer, mas sim verdadeiros rituais comunitários que reforçavam os laços entre as pessoas e com a sua religião.
Por tudo isso, usar a mão direita para comer significava honrar a santidade da comida, enquanto usar a mão esquerda era considerado impuro e desrespeitoso – tanto com as pessoas presentes na ocasião quanto com o divino. O curioso é que até hoje, em muitas partes do Sul da Ásia e do Médio Oriente, este costume ainda persiste. Ou seja, quem é canhoto está lascado nesses lugares.
O Japão feudal carregava fortes códigos sociais que refletiam o status das pessoas. O ato de curvar-se (chamado de “ojigi”) era central nas interações sociais, e transmitia respeito, gratidão, desculpas e outros sentimentos expressos sem palavras. Por isso, toda vez que alguém dirigisse a palavra a alguém superior a ela, era esperado que se curvasse antes de falar.
Deixar de fazer isso era avaliado como sinal de arrogância ou desrespeito. Entre os samurais, que viviam pelo código estrito do Bushido, curvar-se diante os superiores era uma questão de honra e disciplina. Quem deixasse fazer isso poderia perder status ou mesmo ser desafiado para um duelo.
E pasme: na Mesopotâmia antiga era considerado muito ofensivo mostrar a sola do pé para alguém – mesmo que sem querer. Isso porque os pés eram considerados a parte mais suja do corpo devido ao contato constante com o solo. Mostrar a sola era um insulto grave, e a pessoa que fizesse isso seria considerava impura.
O curioso é que isso interferia no modo que as pessoas sentavam e interagiam, pois elas estavam sempre cuidando para que a parte de baixo dos seus pés nunca ficasse exposta.
Por fim, na Inglaterra Vitoriana, as regras de etiqueta eram impostas rigidamente, sobretudo às mulheres. Era esperado que elas, especialmente, cobrissem a boca quando rissem ou sorrissem. Isso porque a modéstia e o decoro eram muito valorizados.
Mas é claro que os homens tinham um pouco mais de liberdade, enquanto as mulheres eram sempre submetidas a normas rígidas quanto ao seu comportamento. Elas poderiam realmente perder o seu "valor" se rompessem as regras e gargalhassem alto.