Artes/cultura
11/12/2019 às 11:30•2 min de leitura
Uma baleia cachalote foi encontrada morta com 100 quilos de lixo em seu estômago na última semana na costa da Escócia. A informação foi dada em um post do Facebook pela Scottish Marine Animal Strandings Scheme (SMASS), que analisou o animal, constatando que ele havia ingerido diversas redes de pesca, cordas, sacos plásticos e outros resíduos de lixo que estavam no mar.
Os especialistas da SMASS ainda explicaram que o animal estava em boas condições quando encalhou na praia. O que o prejudicou sua qualidade de vida, no entanto, foi a quantidade de lixo contido em seu estômago, podendo ter causado obstruções em seu intestino, ou problemas de digestão.
"Essa quantidade de plástico no estômago é horrível, deve ter comprometido a digestão e serve para demonstrar, mais uma vez, os perigos que o lixo marinho e a pesca podem causar à vida marinha", escreveu a SMASS em sua publicação.
Os biólogos da SMASS ainda alertaram que as cachalotes estão bastante vulneráveis à extinção, o que torna os incidentes como este na costa da Escócia, ainda mais grave. "Foi extremamente triste, especialmente quando as redes de pesca e os detritos saíam do estômago dela", declarou Dan Parry, morador na praia vizinha de Luskentyre, local do encalhamento.
Os biólogos ainda acreditam que os resíduos tenham vindo tanto da superfície quanto da indústria pesqueira. Os cuidados do animal ficaram com as equipes da Guarda Costeira e do Western Isles Council, administradoras das ilhas ocidentais da Escócia. Elas auxiliaram em seu exame e ainda cavaram um buraco gigante na praia para enterrarem o animal.
O caso da cachalote traz o alerta sobre os perigos do lixo vindos da superfície e da indústria da pesca, porque eles podem prejudicar bastante a vida marinha. Além do fato que pode ocasionar o aumento dos encalhamentos de animais marinhos com estes detritos em seus estômagos.
A SMASS ainda alerta que os dados sobre encalhes de baleias e golfinhos nas costas da Escócia estão aumentando significativamente. Em 2018 foram constatados mais de 930 casos, comparados com apenas 204 registros em 2009.