Ciência
21/11/2020 às 06:00•1 min de leitura
O jornal britânico The Guardian noticiou recentemente que o assassinato de um alce branco raro, na região de Ontário no Canadá, causou grande tristeza e revolta nos membros do grupo de aborígenes conhecidos como Primeiras Nações do Canadá, que consideram o animal como um “espírito” sagrado.
Reverenciados pelos indígenas, os alces brancos não são albinos, mas adquirem essa coloração em virtude de um gene recessivo que os torna extremamente raros. Embora a caça seja liberada no Canadá, estes animais estão protegidos por lei há mais de dez anos. Ainda assim, eles continuam perseguidos: recentemente, duas fêmeas de alce, uma delas branca, foram encontradas mortas na mesma província.
O chefe Murray Ray da Primeira Nação, na reserva Flying Post, afirmou ao The Guardian que todos estão indignados e tristes, e pergunta: “Por que você atiraria? Se você tem licença para atirar em um alce, atire em outro, mas deixe os brancos em paz”.
Troy Woodhouse, também membro da comunidade Flying Post, explicou que o “espírito alce” sempre será sagrado e respeitado nas famílias e na comunidade local. “Nossos ancestrais e os mais velhos nos contaram histórias a vida inteira, sobre a criatura majestosa e como temos sorte de tê-la em nossa região”.
Tendo passado pessoalmente por uma experiência mística com um desses animais, Woodhouse decidiu oferecer uma recompensa de mil dólares canadenses, o equivalente a R$ 4,1 mil, a quem prestar qualquer tipo de informação sobre a morte do alce branco.
A notícia se espalhou, e também uma organização de proteção da vida selvagem e uma empresa de perfuração local aumentaram o valor da recompensa, que já atinge um valor de 8 mil dólares canadenses, aproximadamente R$ 33 mil.