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11/05/2021 às 04:00•2 min de leitura
Uma condição médica rara, a princípio sem grandes consequências, consegue assustar muita gente: a mudança da cor dos dedos das mãos e dos pés para brancos ou azuis. Descrita como uma reação exagerada a estímulos de frio ou estresse, a chamada síndrome de Raynaud é um tipo de cianose (pele azulada) causada pela falta temporária de sangue nas extremidades do corpo.
Fonte: Profpedia/Wikimedia Commons
Batizada a partir do nome do médico que primeiro a descreveu, o francês Auguste Gabriel Maurice Raynaud, a síndrome responde à reação ao frio, diminuindo o fluxo sanguíneo para os pontos mais distantes do coração, para manter o calor. Para que isso seja possível, as pequenas artérias que levam sangue para esses lugares se contraem, fazendo com que as extremidades fiquem brancas ou azuis.
Isso ocorre por falta de oxigênio, o gás que respiramos e que é transportado pela hemoglobina do sangue para as células de todos os órgãos e tecidos do nosso corpo. A manifestação do fenômeno de Raynaud dura geralmente em torno de 15 minutos, embora possa chegar a várias horas. Quando as artérias relaxam, a circulação volta ao normal.
Fonte: Anastasia Nagornaya/Instagram/Reprodução
Além da mudança da cor da pele, essas manifestações podem ser dolorosas algumas vezes, mas o que mais ocorre é só um formigamento na área afetada. Quando o sangue volta a fluir, os dedos ficam vermelhos e brilhantes, antes de retornarem à sua cor normal.
O motivo pelo qual algumas pessoas (cerca de 4%) reagem de forma tão exagerada ao frio e ao estresse ainda é desconhecido pela Medicina, mas há consenso de que não existe cura para a síndrome. Independentemente da gravidade dos surtos, a diferença da coloração dos dedos quando a circulação sanguínea diminui é assustadora para os pacientes.
Fonte: Rosy Nesbitt/Instagram/Reprodução
A princípio, as pessoas com a síndrome de Raynaud não sofrem nenhum impacto em sua qualidade de vida. Mas precisam ficar atentos, pois, em alguns casos raros e extremos, a redução do fluxo sanguíneo é tão intensa que pode causar danos, desde úlceras até a necrose dos tecidos, que devem então ser removidos cirurgicamente.