Ciência
10/08/2022 às 13:00•2 min de leitura
Se o nosso planeta constantemente nos intriga, observar a forma como ele funciona pode, em alguns momentos, nos fazer pensar que a Terra tem vida própria, não é mesmo? E o curioso é que existe uma teoria sobre isso.
James E. Lovelock, cientista britânico, graças à colaboração de diversos pesquisadores, foi quem propôs tal possibilidade na década de 1970. Apesar de polêmica, a ideia que a Terra se comporta como um superorganismo vivo não surgiu do nada. No período, James trabalhava para a NASA e tinha a missão de atuar na busca de formas de vida extraterrestres.
A atmosfera terrestre surpreendeu cientistas com sua composição rara. (Fonte: Unsplash)
Junto de sua colega Lynn Margulis, Lovelock avançou com a investigação. A dupla concluiu que a melhor forma de realizar tal tarefa seria por meio da observação das atmosferas de outros planetas. A partir disso, ao estabelecer uma comparação com Vênus e Marte, os cientistas se viram intrigados com a atmosfera terrestre.
Percebendo que ela não possuía a mesma estabilidade na composição química encontrada em outros planetas, a dupla notou que há um sistema muito bem coordenado que mantém a Terra como produto das trocas entre a atmosfera e os seres vivos. Ou seja, sem vida, a camada perderia a presença da variedade de gases que possui e se tornaria estável, como a de Marte.
E se a instabilidade na composição da camada era benéfica, isso também se devia ao fato dela ajudar a explicar como a Terra permaneceu habitável e sem alterações significativas ao longo de bilhões de anos. A dinâmica do sistema, apesar de complexa, é o que define a Hipótese de Gaia: ela postula que a biosfera, hidrosfera, litosfera, atmosfera e mesmo a crosta terrestre estariam conectadas e coordenadas, atuando como facetas de um único processo.
Ainda hoje, não é possível afirmar que a Terra possui vida própria. Mas a busca pela resposta rendeu descobertas interessantes. (Fonte: Unsplash)
Os estudos também levaram Lovelock ao desenvolvimento de um modelo que buscou explicar a autorregulação, batizado de Daisyworld. Nele, em um mundo imaginário, só crescem margaridas de dois tipos: negras e brancas. Estas últimas absorvem menos calor e refletem a luz. Quando o Sol tem a luminosidade reduzida, as margaridas negras aquecem o planeta, atuando pelo equilíbrio.
Apesar de complexa, a Hipótese de Gaia teve um papel decisivo na compreensão acerca das mudanças climáticas. Lovelock, inclusive, também realizou outras contribuições para ciência: por meio do desenvolvimento de uma forma de medir a concentração dos clorofluorcarbonetos (CFCs), compostos poluentes que eram utilizados na fabricação de refrigeradores e que levou, anos mais tarde, em 1987, ao descobrimento do buraco na Camada de Ozônio.
E se a Hipótese de Gaia gera polêmica ainda hoje, é importante lembrar que nem o próprio Lovelock defendeu que a Terra estaria viva em todos os momentos. O núcleo da teoria, na verdade, reside na ligação entre os diversos mecanismos que atuam na manutenção do planeta.
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