4 animais com comportamentos curiosamente "religiosos"

18/06/2024 às 09:003 min de leituraAtualizado em 18/06/2024 às 09:00

Quanto mais o tempo passa, mais temos a oportunidade de conhecer as espécies do reino animal. E esse aprofundamento nelas mostra que não devemos subestimar sua inteligência, tampouco a profundidade emocional dos bichos. Mas notamos que as características que associávamos como sendo exclusivas a nós, seres humanos, têm se mostrado parte da rotina de várias espécies. Entre elas, está uma espécie de conexão espiritual.

Claro que há diferenças óbvias entre a maneira com que humanos tratam o campo da fé e das religiões, uma vez que os animais não utilizam vestimentas específicas, nem fazem liturgias e cânticos de louvor. Mas é possível notar um comportamento muito próximo de rituais religiosos humanos entre os seres vivos da Terra.

1. Chimpanzés e a relação com as quedas d'água

(Fonte: Unsplash / Reprodução)
Quedas d'água ou mesmo a chuva são religiosamente admiradas pelos chimpanzés. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Há quem sugira que o comportamento religioso notado em espécies como os chimpanzés parte do fato de seres nossos parentes primatas mais próximos. Ainda que não seja possível que peçamos a eles que articulem seus pensamentos, é visível a relação quase ritualística deles com quedas de água – sejam cachoeiras ou a chuva.

Naturalista, Jane Goodall chegou a publicar um livro após acompanhar o comportamento dos chimpanzés por décadas. Sobre esse aspecto quase religioso da espécie com a água, ela afirmou crer que seja desencadeado por sentimentos de admiração, uma experiência interna que todo ser humano envolvido em um ato religioso ou espiritual costuma vivenciar.

2. O agitar de galhos dos elefantes para a lua 

(Fonte: Unsplash / Reprodução)
Relatos dos rituais dos elefantes com a lua têm mais de dois séculos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Conhecidos por sua incrível memória e por seus rituais ligados ao luto, os elefantes são uma espécie animal considerada de grande profundidade. Todavia, se os ritos de morte são atos concretos, eles não são inerentemente religiosos, o que não se pode dizer da relação deles com a lua. O relato mais antigo da prática de agitar ramos e galhos para a lua data do ano 2 d.C., e foi registrado em um estudo de 1977 publicado no Journal of Drug Issues.

O historiador romano Plínio, por volta do ano 100 d.C., em um dos volumes de seu livro História Natural, escreveu que os elefantes que observou iam aos rios "realizar um ritual de purificação, borrifando-se com água, e depois prestando assim seus respeitos à lua". Apesar de certo exagero literário, não se pode ignorar que são descrições de fatos reais.

3. As pegas e as grinaldas fúnebres

(Fonte: Unsplash / Reprodução)
Pegas também cultuam seus mortos, oferecendo "grinaldas". (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Pássaros da família dos corvídeos, como corvos e gralhas, têm a inteligência elevada bem documentada. Mas dentro dessa turma, é a espécie chamada pega que costuma exibir um comportamento próximo do que poderíamos chamar de religioso. As pegas, tal como os elefantes, possuem um ritual de luto para seus mortos, circulando em torno dos falecidos, de modo semelhante ao jeito que os humanos fazem em torno de um caixão.

Mas é a elaboração de grinaldas que mais deixam evidente o ato de religiosidade. Os pássaros da espécie costumam pegar gravetos para colocar ao redor de um cadáver, compondo uma espécie de "coroa de flores". Não parece haver nenhum propósito prático além de uma faceta de natureza social para fortalecer laços.

4. Pombos e suas superstições

(Fonte: Unsplash / Reprodução)
Pombos podem desenvolver comportamentos supersticiosos, tal qual os humanos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Religião é uma crença em forças invisíveis, algo mais complexo e que engloba até mesmo superstições. Enquanto os humanos decidem não passar por baixo de escadas, os pombos também guardam algumas superstições.

Um artigo publicado em 1948 descreveu um experimento com o pássaro. Nele, o animal recebia comida em intervalos regulares de 15 segundos, independente de seu comportamento. Sem conhecimento do que levava ao recebimento de alimento, o pombo parecia presumir que ganhava comida em virtude do que fazia.

Ele começou a se envolver em conjuntos aparentemente aleatórios de movimentos, para ver se recebia alimento, incluindo pular de um pé para o outro. A interpretação dos pesquisadores foi de que o pombo exibia um comportamento supersticioso, uma espécie de ritual para iniciar uma mudança no mundo natural.

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