Artes/cultura
30/01/2018 às 16:30•2 min de leitura
Pode se preparar para mais notícias sobre a feirinha de artesanato bombando no bairro ou o gato perdido do seu vizinho no Facebook. A rede social promete priorizar conteúdo local em 2018. E, ao que parece, não está sozinha: o Google também prepara um app hyper-local chamado Bulletin. Mas, por que o interesse repentino de duas gigantes de internet no que acontece com seu quintal?
Duas palavras: fake news. “O noticiário local ajuda a construir uma comunidade online e offline”: é a explicação fofa de Mark Zuckerberg. A real é que o Facebook quer convencer investidores, usuários e (principalmente) um governo de que está se esforçando para evitar a manipulação por meio de informações falsas na rede – tipo o que aconteceu durante as últimas eleições presidenciais em um certo país aí.
As iniciativas vão além de deixar Facebook e Google mais “familiares”. A relação que as duas empresa possuem com os gigantes de mídia nos EUA anda meio abalada. O motivo é a compensação financeira que as plataformas repassam para a imprensa. Já os veículos locais também possuem suas ressalvas, mas precisam da audiência.
Daí a reação bem diferente entre a resposta dada pelo CEO do site Patch, de notícias locais, Warren St. John:
A decisão mostra que Zuckerberg e Facebook estão falando sério sobre o apoio a interações que constroem uma comunidade.
E o que o membro do conselho da NBC News, Andy Lack disse:
Eles são o Fakebook. Não são o Facebook... Não valorizam o relacionamento com organizações de imprensa.
Outra crítica pesadona vem do CEO da News Corp, Rupert Murdoch, que acusou Facebook e Google de popularizaram fontes escandalosas e não confiáveis por meio de seus algoritmos, gerando lucro apenas para suas plataformas.
Fato: essa treta está longe de chegar no fim.
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Amigões da vizinhança: a arma de Facebook e Google contra fake news via The Brief