Artes/cultura
19/06/2020 às 11:02•2 min de leitura
Pelas redes sociais, a ativista da educação Malala Yousafzai anunciou a sua graduação na Universidade de Oxford, na Inglaterra. A conquista acontece oito anos depois de Malala ser baleada na cabeça pelo Talibã, em retaliação à sua luta pela educação das mulheres.
Fonte: @malala (Reprodução / Instagram)
"Difícil expressar minha alegria e gratidão agora que eu concluí a minha graduação em Filosofia, Política e Economia em Oxford. Eu não sei o que virá pela frente. Por ora, será Netflix, leitura e sono" escreveu a ativista em sua conta do Instagram, sem deixar o bom humor de lado.
Fonte: @malala (Reprodução / Instagram)
As fotos publicadas mostram Malala coberta de tinta e também comemorando com a sua família, em casa. A paquistanesa de 22 anos também publicou um story bem-humorado com os seguintes tópicos marcados como concluídos: "exames de Oxford", "atualmente desempregada", "vou dormir por dias" e "preciso de novos programas para assistir".
Fonte: @malala (Reprodução / Instagram)
A conquista é um marco na história da garota paquistanesa que quase morreu nas mãos do Talibã por defender a educação de mulheres. Nascida no Vale do Swat, no Paquistão, a sua luta começou em 2007, quando o Talibã assumiu o controle da região e, dentre várias regras, determinou que as meninas estavam proibidas de frequentar a escola.
Fonte: Flickr / United Nations Photo
Filha do professor e ativista educacional Ziauddin Yousafzai, Malala começou um blog aos 11 anos, a convite da BBC, relatando as dificuldades de viver com o medo do Talibã. Sob o pseudônimo Gulmakai, a jovem também compartilhou o seu amor pelos estudos e defendeu a educação para meninas no Paquistão.
Com a popularidade das matérias da BBC e com as entrevistas paradiversos canais e jornais sobre o assunto, a menina foi se tornando cada vez mais conhecida. Em 2012, quanto tinha apenas 15 anos, um integrante do Talibã entrou no seu ônibus escolar e atirou na sua cabeça.
O caso teve grande repercussão no mundo inteiro. Seis dias após o ataque, Malala foi transferida do Paquistão para Birmingham, na Inglaterra, para que pudesse ter mais condições de tratamento. Felizmente, a jovem conseguiu se recuperar e passou a morar com a família na cidade britânica.
Fonte: Malin Fezehai/HUMAN for Malala Fund
Apesar de ter se tornado um símbolo da defesa da educação, Malala e sua família corriam risco de morte se voltassem para o Paquistão, sob a ameaça do Talibã.
Em 2014, aos 17 anos, a ativista se tornou a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz. A jovem foi aprovada para estudar em Oxford em 2017.
Para gerenciar as doações que recebe do mundo inteiro, ela criou o Fundo Malala, uma organização que visa promover a educação para crianças em situações vulneráveis.