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17/03/2021 às 08:00•2 min de leitura
Para ser um dos indicados ao Oscar, é necessário que um filme vá além de seu conceito, trazendo reflexões relevantes de uma forma potente, mas muitas vezes sutil. Conhecemos o cinema como uma combinação de detalhes que, juntos, potencializam a transmissão de uma mensagem e mantêm uma linha tênue entre o público e a intenção, de maneira a não simplesmente largar fatos em uma telona, mas gerar sentimento e identificação.
A edição 2021 do Oscar surge para reforçar essa proposta, marcando uma festividade que deve não apenas celebrar o maior evento anual do cinema, mas consagrar fatos importantes no meio artístico, como a participação recorde da mulher em cargos de direção e a ampla representatividade negra e asiática, em um ano que foi extremamente complicado para todo o planeta.
Confira abaixo alguns dos principais indicados ao Oscar 2021 e suas respectivas narrativas, que possuem boas chances de serem lembradas em provas e vestibulares ao longo do ano.
Judas e o Messias Negro, do diretor Shaka King, conta a história do ativista Fred Hampton, líder do partido dos Panteras Negras e responsável por defender o direito dos negros durante a década de 1960. Sua participação emblemáticas nos movimentos sociais acaba despertando o interesse do FBI, que infiltra o agente William O'Neal para destruir as forças revolucionárias de Hampton e evitar que sua palavra se espalhe. Baseado em fatos reais.
https://www.youtube.com/watch?v=qQofYpSOqkY
Considerado favorito para o Oscar 2021, Mank apresenta a visão do premiado David Fincher sobre a polêmica disputa entre o roteirista Herman J. Mankiewicz e o versátil artista Orson Welles, que disputaram os créditos do script de Cidadão Kane entre 1930 e 1940.
Com um elenco asiático estelar, Minari, o grande vencedor da edição 2020 do Festival Sundance, conta a difícil história de adaptação de uma família sul-coreana após se mudar para uma fazenda em Arkansas, Estados Unidos. Na tentativa de perseguir o Sonho Americano, os integrantes enfrentam conflitos pessoas e culturais, ampliados pela chegada de um membro da família que promete abalar suas visões de mundo.
Estrelado por Frances McDormand, de Três Anúncios Para um Crime, Nomadland retrata a difícil jornada de Fern pelo oeste americano. A ruralista, que perdeu tudo durante a Grande Depressão, passa a agir como uma nômade moderna, protagonizando um filme no estilo "estrada" onde a mudança e a redefinição são elementos marcantes da narrativa, assim como a necessidade de recomeçar.
Tributo ao jazz e blues, A Voz Suprema do Blues, dirigido por George C. Wolfe, retrata a história da lendária "Mãe do Blues", Ma Rainey, que vivencia uma intensa disputa por direitos musicais contra seu produtor, um rico homem branco. O longa acompanha o drama da banda em uma rede de mentiras e revelações que definiriam não somente sua carreira na arte, mas a vida de cada integrante como ser humano em uma Chicago dos anos 1920.