Ciência
10/12/2021 às 04:00•2 min de leitura
Os gregos sempre foram considerados pais da filosofia e da democracia, mas as contribuições deles à sociedade que conhecemos hoje foram ainda maiores. O alfabeto grego, por exemplo, é um dialeto antigo, mas é usado até os tempos modernos para compor elementos da Ciência e da nossa comunicação.
Por mais que esse alfabeto tenha surgido anos antes de Cristo, ele passou por diversas modificações desde sua criação até a formação moderna. Atualmente, ele é composto com 24 letras, que comumente são vistas em fórmulas de Física e Matemática, como pi, delta, gama, sigma e ômega.
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Antigamente, os povos primitivos localizados na Ásia utilizavam um dialeto para se comunicarem. Quando chegaram à Península Balcânica, trouxeram consigo parte da cultura que desenvolveram, o que possibilitou a criação de novos estilos de comunicação.
Com isso, surgiram as variações do dialeto grego ou o protogrego, usadas até o declínio da Civilização Micênica. No século IX a.C., esse alfabeto acabou se desenvolvendo ainda mais e posteriormente passou por diversas alterações até chegar naquele que conhecemos hoje.
Foi também dele que surgiram os alfabetos gótico, glagolítico, cirílico, copto, armênio, etrusco e latino. Por muito tempo, o chamado grego helenístico foi utilizado por ser mais acessível para todas as classes sociais da Grécia e essa linguagem também foi usada na escritura do Novo Testamento. Porém, com a queda do Império Greco-Romano, acabou caindo em desuso devido ao fato da literatura e das escolas terem se tornado restritas aos membros da Igreja e a alguns estudiosos.
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Como a Grécia Antiga teve grande importância no desenvolvimento científico universal, a relação dos gregos com a ciência se tornou algo inevitável. Por esse motivo, é bastante comum que encontremos referências ao alfabeto grego nas Ciências Exatas como Matemática, Física, Estatística, Astronomia e Engenharia.
Em geral, cada letra do alfabeto grego tem um significado diferente na área de atuação em que está sendo representada e, mesmo nesses casos, uma mesma letra pode ter significados diferentes dependendo do contexto em que for inserida. Alguns exemplos de uso são:
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Além dos exemplos citados sobre como as letras do alfabeto grego são utilizadas até hoje para descrever termos no campo científico, existem mais alguns exemplos corriqueiros que podemos citar para demonstrar a importância dessa língua em nossas vidas.
Por exemplo, você sabia que o símbolo da Psicologia na verdade é uma letra do alfabeto grego? O psi (Ψ), representado graficamente como um tridente, pode ser interpretado como poder, força e universo. Além disso, quando somamos a essa letra o sufixo "que", formamos a palavra psykhè, cujo significado é "alma" ou "espírito". Sendo assim, a Psicologia seria o estudo "da nossa alma".
Para encerrar o assunto, recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu que utilizaria as letras do alfabeto grego para batizar as mais novas variantes do novo coronavírus, como foi o caso das variantes delta e ômicron. Dessa forma, até mesmo em um contexto pandêmico em 2021, a linguagem dos gregos surge como uma ferramenta para o ambiente científico.