Ciência
04/03/2022 às 09:30•2 min de leitura
Se você está acompanhando as notícias do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, já deve ter ouvido falar da OTAN e do seu papel na região. Contudo, as suas atividades não se restringem somente ao apoio militar e bélico. Há inúmeras iniciativas conduzidas que são de cunho político desde o final da Segunda Guerra Mundial até as tensões atuais na Europa.
Além de apresentar o que é essa organização vamos discutir o seu papel no decorrer dos seus 72 anos de atuação. Preste atenção!
(Fonte: Shutterstock)
A Organização do Tratado do Atlântico Norte é baseada em um tratado assinado em 1949. Na época, seu objetivo era criar um sistema de defesa coletiva no qual os países membros ofereceriam proteção em caso de ataque a qualquer um dos participantes por entidades externas.
Sua oficialização aconteceu no dia 4 de abril, porém tratados semelhantes já estavam sendo negociados desde o final do conflito da Segunda Guerra. Os tratados de Dunkirk e de Bruxelas tinham o objetivo criar uma aliança como possíveis ataques da União Soviética.
Mais tarde, essa aliança passou a incluir a América do Norte, fazendo com que o Canadá e os Estados Unidos se juntassem aos membros fundadores, sendo eles: França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Portugal, Itália, Noruega e Dinamarca.
A primeira missão da OTAN era minimizar a capacidade militar em todo o continente europeu, principalmente quando a ameaça de um conflito nuclear ainda era bastante presente. Esse objetivo permaneceu como foco da organização enquanto a sua atuação se expandia para os países do centro e leste europeu que conquistaram a independência da União Soviética.
Reunião do Conselho do Atlântico Norte em fevereiro de 2022. (Fonte: OTAN)
As intervenções militares começaram a acontecer somente após a queda do Muro de Berlim e, mais tarde com a unificação da Alemanha. Esse período marcou ações na Bósnia e, posteriormente, na Iugoslávia. Outro momento importante foi após o atentado do 11 de setembro, no qual a OTAN foi convocada para atuar no Afeganistão enviando tropas para a região.
O conflito com a Ucrânia não é a ocorrência mais recente em que a Rússia se torna alvo de condenação dos demais membros. Com a anexação da Crimeia em 2014, uma força com 5000 tropas foi criada e os países integrantes se comprometeram a gastar 2% do PIB para subsidiar os gastos com defesa.
Enquanto a Ucrânia manifesta o seu interesse de fazer parte da OTAN, a Rússia é contra esse plano, pois possibilitaria que as tropas da organização avançassem até a fronteira de seu território.
Além do seu papel militar, a OTAN tem o papel político de disseminar valores democráticos para resolver problemas e evitar conflitos. Essa é a missão e vontade coletiva dos 30 países que fazem parte da organização e que cooperam ativamente para promover esse compromisso.