Artes/cultura
20/06/2022 às 02:00•3 min de leitura
Os serial killers sempre despertaram muita curiosidade nas pessoas. Afinal, parece difícil entender o que levaria alguém a cometer assassinatos em série.
Mas o que será que a ciência fala sobre estas pessoas? A partir de estudos científicos, descobriu-se que muitas ideias que se tinha sobre estes criminosos podem estar erradas. Neste texto, contamos seis destes equívocos.
(Fonte: Orion Pictures/Reprodução)
Culpe o doutor Hannibal Lecter, de O Silêncio dos Inocentes (1991), pela concepção de que serial killers são sempre pessoas com inteligência muito acima da média — afinal, é assim que eles conseguiriam enganar suas vítimas e escapar ilesos dos crimes.
Mas não é bem assim. Pesquisadores se deram o trabalho de avaliar o intelecto de alguns serial killers e chegaram à conclusão de que eles têm, em média, um QI 95 — ficando dentro da média mundial, que é entre 90 e 110.
(Fonte: Bettmann/Getty Images/Reprodução)
Existe um mito de que serial killers seriam tão geniais que só seriam capturados por vontade própria. Isso também não é verdade — e quem garante é o FBI.
Segundo o conhecido órgão da polícia americana, quando estes matadores em série cometem vários assassinatos sem serem pegos, eles tendem a ficar mais confiantes e encorajados. Por consequência, se tornam menos cuidadosos em seus métodos.
Isso quer dizer que a frase correta talvez fosse: não é que os serial killers queiram ser pegos, e sim que eles acreditam que nunca serão.
(Fonte: Mirrorpix/Getty Images/Reprodução)
É bem comum imaginar que serial killers tenham transtornos mentais seríssimos, como esquizofrenia e o transtorno dissociativo de identidade. O problema desta pré-concepção é justamente trazer prejuízos às pessoas que, de fato, têm essas doenças e não cometem assassinatos.
A maior parte dos criminosos têm noção do impacto de seus crimes — o que seria um quesito fundamental para categorizar uma pessoa dentro de um transtorno. E, quando eles têm algum distúrbio, dificilmente é alguma doença psicótica (ou seja, que se caracteriza por uma desconexão da realidade).
(Fonte: FX)
Há uma ideia de que o assassinato funcionaria quase como um "vício" na mente dessas pessoas (e se você assistiu à série Dexter, sabe do que estou falando). Inclusive, há histórias sobre serial killers que largaram os velhos hábitos.
Um exemplo disso é o assassino conhecido como "BTK Killer", retratado na série Mindhunter — que acompanha o início dos estudos da psique dos assassinos em série. O homem, que se chamava Dennis Rader, matou 10 pessoas entre 1974 e 1991, e daí parou. Ele foi preso em 2005, 15 anos depois de sua última morte.
Por que ele parou? Especialistas dizem que, às vezes, uma mudança na vida de um assassino em série pode fazer com ele ache outras formas de canalizar seus impulsos violentos. Pode ser um casamento, um divórcio, uma mudança de cidade.
(Fonte: WI Dept. of Corrections/Reprodução)
Tendemos a imaginar que estes criminosos agem assim pois já estavam marginalizados na sociedade. Por conta disso, costumam viver de forma muito solitária.
A verdade é que, enquanto cometiam crimes, muitos desses assassinos viviam vidas bem normais, com famílias, amigos e colegas que nem desconfiavam que eles eram capazes de cometer tais atos.
(Fonte: K/W Productions/Reprodução)
O terreno de atuação dos serial killers é quase exclusivamente masculino, certo? Na verdade, há mais mulheres assassinas do que as pessoas tendem a acreditar. Um estudo feito em 2015 na Universidade da Florida concluiu que 16% do serial killers são mulheres. Uma vez que, na média geral de assassinatos, 10% são cometidos por mulheres, o dado é bem mais alto do que poderíamos pensar.
O que as difere dos homens são os métodos: as mulheres estão mais propensas a matar por envenenamento, e costumam agir em grupo.