Os 200 anos de Mendel, o pai da Genética

25/07/2022 às 10:092 min de leitura

Considerado o Pai da Genética, Mendel fez estudos que foram fundamentais para a compreensão da hereditariedade. E é para celebrar a vida e as descobertas desse cientista, que as empresas Mendelics e do meuDNA decidiram comemorar em 20 de julho, o Dia da Genética.

Mendel e as ervilhas

Gregor Johann Mendel nasceu em 20 de julho de 1822 na pequena vila de Hyncice, no império Austríaco. Ele nasceu em uma família de camponeses e desde pequeno já tinha o costume de observar as plantas da sua casa. Na época, sua família não tinha condições de bancar os estudos, o que fez com que Mendel optasse por se juntar à Ordem de Santo Agostinho em 1843, aos 21 anos.

A vida no monastério permitiu que o jovem tivesse acesso aos estudos, ampliando assim os seus conhecimentos. Em 1851, Mendel ingressou na Universidade de Viena, onde estudou história natural, matemática e física por dois anos. Ao retornar ao mosteiro, ele passa a dar aulas no local e decide iniciar o seu famoso estudo com ervilhas.

Tentando compreender como funcionava a hereditariedade, Mendel analisou sete características da planta: altura da planta, posição da flor, cor da flor, cor da semente, forma da semente, cor da vagem e forma da vagem. A opção por analisar ervilhas foi pelo rápido desenvolvimento das plantas e pela facilidade de observar as características.

O que Mendel descobriu ao fazer os cruzamentos foi a dominância de uma determinada característica sobre outras. Com as ervilhas, o que aconteceu foi que os cruzar plantas puras de características diferentes, resultava em descendentes com as características de apenas um dos parentais. Já em um cruzamento desses descendentes, era possível observar uma terceira geração com todas as características, embora algumas em menor concentração. Foi assim que Mendel descobriu que algumas características são dominantes em relação a outras.

Legado

Mendel continuou seus estudos por muitos anos e chegou a enviar seus trabalhos para vários pesquisadores — inclusive Charles Darwin —, mas não recebeu a atenção de nenhum deles. Ele faleceu em 6 de janeiro de 1884 sem o devido reconhecimento, que só aconteceu anos mais tarde quando os pesquisadores europeus Hugo de Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg encontraram os estudos de Mendel.

Com as suas descobertas, o estudo de hereditariedade se tornaram amplamente conhecidos, permitindo que a história da genética pudesse avançar muito. Entender sobre  hereditariedade nos permite saber se um determinado grupo possui alguma predisposição genética para desenvolver determinados tipos de doença, como câncer e diabetes.

Estes estudos também são importantes para compreender o grau de parentesco entre indivíduos de uma mesma espécie (teste de paternidade) e até entre espécies distintas, o que oferece uma melhor compreensão sobre a evolução.

Hoje a genética já evoluiu muito, com técnicas moleculares que facilitam esses estudos. Mas tudo isso só foi possível, graças ao trabalho precursor de Mendel.

Fonte

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