Ciência
20/08/2022 às 07:00•3 min de leitura
As cobras são animais verdadeiramente magníficos e servem muito bem como excelentes animais de estimação para aquelas pessoas que possuem um gosto mais exótico. Além de ser uma criatura com grande participação na mitologia mundial, também são seres bem estudados por biólogos e volta e meia ganham destaque nas telonas — vulgo a importância desse réptil na saga Harry Potter.
Porém, não é apenas na ficção que esses seres rastejantes apresentam características impressionantes. Na vida real, as cobras são tão curiosas quanto no mundo da fantasia e conseguem fazer algumas coisas muito intrigantes. Ficou curioso para saber mais? Veja só seis coisas extraordinárias que as cobras são capazes!
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(Fonte: Pixabay)
Os répteis são normalmente rotulados biologicamente de criaturas com "sangue frio". Porém, isso não necessariamente é o termo mais correto a ser utilizado, uma vez que o sangue dessas criaturas não é frio de verdade. Nesse sentido, o termo correto é ectodérmico, usado para quando a temperatura corporal é variável e regulada por fontes externas.
Ao contrário de mamíferos e aves, que são capazes de regular internamente a temperatura corporal, os répteis precisam de fontes de calor, como o sol, para se aquecer. Logo, podemos dizer que as cobras são basicamente animais sustentados por energia solar.
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Quando falamos sobre olfato, você dificilmente associaria esse sentido com a língua — principalmente porque o nariz é quem faz essa função nos humanos. As cobras, no entanto, até possuem narinas, mas não as usam da mesma forma que nós. Em vez disso, esses animais evoluíram para conseguir cheirar o mundo ao seu redor usando a língua.
Outra ferramenta que ajuda é o órgão de Jacobson, um órgão olfativo auxiliar localizado no céu da boca de algumas espécies. A língua bifurcada das cobras possui múltiplos receptores capazes de captar diferentes quantidades de sinais químicos na natureza e traduzir essa informação para um determinado cheiro.
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Algumas jiboias não precisam de machos em sua vida para se reproduzir, tudo isso graças a um sistema chamado partenogênese. Essa é uma forma de reprodução assexuada que envolve o desenvolvimento de um óvulo em um embrião sem fertilização, gerando necessariamente novos indivíduos do sexo feminino e com mesma mutação de cor.
A composição de cromossomos sexuais também é diferente nesses indivíduos em comparação com cobras sexualmente produzidas, uma vez que a partenogênese é basicamente uma espécie de "clonagem".
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A espécie de cobra asiática não venenosa Rhabdophis tigrinus possui uma característica interessante em seu organismo: todos os indivíduos dessa espécie são capazes de se tornar venenosos devido à dieta. E como isso funciona? Basta comer algumas determinadas espécies de sapos tóxicos.
Então, toda a toxina absorvida durante a digestão dos sapos passam a ficar armazenadas nas glândulas do pescoço desses répteis. Essas cobras podem até mesmo passar essas toxinas para seus filhotes no nascimento e ainda utilizam o veneno para se proteger de predadores ou para caçar por conta própria.
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Ao redor do mundo, existem diversas espécies de cobras cuspidoras de veneno, as quais precisam ser assertivas para cegar seus potenciais adversários. Para que sua mira alcance a perfeição, no entanto, esses animais rastreiam os movimentos do inimigo e apontam o "tiro" para o lugar onde esperam que os olhos do rival estejam em um momento futuro.
Na maioria dos casos, uma cobra desse tipo consegue atingir precisamente adversários que estejam a, no máximo, 60 cm de distância em 100% das vezes.
(Fonte: Pixabay)
Mesmo que uma cobra tenha sua cabeça decapitada — arrancada por completo de seu corpo — ela continua sendo letal por mais alguns instantes. E como isso funciona? Ao contrário do que ocorre com a Medusa na mitologia grega, não é que novas cabeças crescem no lugar.
Porém, uma cobra decapitada podem continuar mordendo após horas e horas depois de ter sido morta. Esse tipo de mordida geralmente carrega grandes quantidades de veneno e pode ser bastante letal se não for tratada com urgência.