Estilo de vida
03/09/2022 às 06:00•2 min de leitura
Ratos convivem com os seres humanos há milhares de anos e parecem ser uma das espécies que mais se adaptou aos hábitos urbanos. Separamos aqui algumas das características mais interessantes desses roedores!
Ratos precisam desgastar os dentes. (Fonte: Shutterstock)
Assim como os castores, os ratos possuem dentes que nunca param de crescer. É por isso que esses animais passam boa parte do seu dia roendo tudo o que veem pela frente, causando um desgaste aos dentes e os mantendo de um tamanho que não dificulta a alimentação. Se um rato para de desgastar os dentes, eles crescem e vão formando longas espirais.
Ratos sempre se ajudam. (Fonte: Shutterstock)
Um estudo da Universidade de Chicago testou se ratos se importam uns com os outros. Nele, os pesquisadores separaram os ratos em duplas e os deixaram juntos por tempo o suficiente para que criassem um laço. Depois, prenderam um dos ratos em um caixa de acrílico que só podia ser aberta por fora, para ver se o outro roedor tentaria ajudar o amigo.
Para dificultar ainda mais a decisão do ratinho que estava fora, os pesquisadores colocaram uma segunda caixa semelhante com o petisco favorito dos ratos dentro. Mesmo assim, quando ele teve que decidir entre ajudar o amigo ou abrir a caixa de petiscos, primeiro ele salvou o amigo e depois os dois comeram os petiscos juntos.
Ratos são quase à prova de tudo. (Fonte: Shutterstock)
Ratos são extremamente adaptáveis e isso foi crucial para que eles se espalhassem pelo mundo inteiro. Eles podem, por exemplo, ficar mais tempo sem beber água do que camelos e cair de um prédio de 5 andares sem se machucarem. Esses roedores também são capazes de suportar altas doses de radiação e de nadar por quase 1 km.
Ratos vivem em bando. (Fonte: Shutterstock)
Um estudo de 2018 capturou 150 roedores por diversas zonas das cidades de Vancouver, Nova York, Nova Orleans e Salvador. Os pesquisadores analisaram o material genético dos roedores de cada cidade e descobriram que eles se dividiam em grupos pela área. Havia ratos de “uptown” e “downtown” em Nova York, e o mesmo acontecia nas outras cidades.
Os pesquisadores concluíram que os grupos foram separados por rodovias, canais ou vales que cortavam as cidades, e que ratos de áreas menores preferiam ficar entre os seus do que interagir com roedores de outras áreas.
Em Moçambique, existe uma espécie de rato gigante treinada para detectar o cheiro de explosivos. Após passar pelo treinamento, esses ratos saem para o campo com especialistas em remoção de minas terrestres e arranham o chão para indicar onde encontraram uma das bombas. Como os roedores são leves demais para acionar o mecanismo da mina, eles não correm perigo algum, mas ajudam a salvar muitas vidas.
Ratos devem sobreviver à próxima extinção. (Fonte: Shutterstock)
Em 2014, pesquisadores revisaram nos registros geológicos quais espécies prosperaram, mesmo durante extinções em massa. Com base no passado e nas habilidades dos animais que existem atualmente, os pesquisadores apontaram os ratos como vencedores da corrida contra a extinção, já que eles têm um histórico muito positivo de sobrevivência e resistência em diversos tipos de ambientes e a programas de erradicação.