Artes/cultura
25/09/2022 às 05:00•2 min de leitura
Os pombos fazem parte do dia a dia de quem mora em grandes centros. Enquanto alguns amam alimentar esses animais, outros o chamam de “ratos com asas”.
Atualmente existem mais de 400 milhões de pombos ao redor do mundo, a maioria vivendo em cidades. Vamos conhecer mais sobre a história e evolução desses animais?
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(Fonte: Skitterphoto/Pixabay)
Os pombos já fazem parte da nossa rotina há milhares de anos. Segundo registros históricos, há 10 mil anos, as pessoas que viviam na Mesopotâmia começaram a atrair estas aves para áreas habitadas por meio de comida.
A população começou a domesticar e criar os animais para alimentação, o que causou a diversidade de pombos que conhecemos hoje.
Com o tempo, os humanos perceberam que as aves tinham outras utilidades além da comida. Conforme a popularidade do animal aumentava, começaram a explorar o talento inato do pombo para navegação, como apontar navios e entregar mensagens a quem está longe – daí o famoso "pombo-correio".
As aves já são parte do cenário das grandes capitais, como São Paulo, Nova York, Londres e Sidney.
Segundo Jerolmack, autor do livro The Global Pigeon (em tradução livre, “O Pombo Global”), essas aves gostam de concreto, mármore e pedra. Por isso, preferem viver e construir ninhos ao lado de edifícios do que em árvores e grama.
(Fonte: dimitrisvetsikas1969/Pixabay)
Contudo, a preferência por esse tipo de superfície não é o único fator que fez aumentar a quantidade de pombos na cidade. Entre os outros pontos, também temos:
Os pombos amam cidades populosas. Isso porque mais gente significa maior disponibilidade de alimentos. Ao contrário de outras aves, os pombos conseguem se virar com sobras de comida humana, como pão, batata frita e pipoca.
Outra razão para essas aves se adaptarem tão bem nas cidades é a sua incrível capacidade de navegação. Os animais podem se afastar por centenas de quilômetros de distância e mesmo assim encontrar o caminho de volta para casa.
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Os pombos também se beneficiam do ambiente urbano pela falta de predadores naturais, como falcões e gaviões. Além disso, as aves ainda são boas em evitar objetos em movimento, como automóveis.
Com fácil acesso ao alimento, habilidade de criar ninhos em superfícies “duras” e escassez de predadores naturais, esses animais têm um ambiente propício para a reprodução na cidade. Por isso, a população de pombos vêm aumentando em todas as cidades.
(Fonte: Rinda Kusumawardani/Getty Images)
O que antes era uma relação próxima entre humanos e pombos, nos últimos anos se tornou mais distante, principalmente pela ideia de que as aves carregam doenças.
A verdade é que todos os animais podem transportar doenças. O principal problema é com qual frequência eles conseguem transmitir a patologia. E nesse sentido há pouca evidência de que isso acontece com os pombos.