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09/02/2023 às 08:00•2 min de leitura
Nos últimos anos, uma criatura vinda de fora do Brasil passou a se alastrar rapidamente pelo litoral do país, desde o Sergipe até Santa Catarina. Apesar de ser um animal muito belo e parecer completamente inofensivo para quem olha de fora, essa espécie tem trazido diversos problemas para o nosso meio ambiente.
Esse é o caso do coral-sol, que é apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a espécie responsável pela maior perda de biodiversidade do mundo. Para monitorar essa e outras quatro espécies que vêm causando problemas em território brasileiro, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende tomar medidas drásticas para controlar as "pragas" até 2030. Conheça mais sobre esses cinco animais!
(Fonte: Wikimedia Commons)
O coral-sol é uma espécie de azooxantelados que cresce em águas rasas, em recifes de corais e costões rochosos tropicais. Nativos dos oceanos Pacífico e Índico, esses animais acabaram se espalhando pelo Brasil. Essa criatura é conhecida por dominar as áreas invadidas, atacando corais vizinhos e diminuindo a diversidade local.
O primeiro coral-sol em território brasileiro foi registrado ainda em 1951. Estima-se que chegaram aqui através dos cascos de navios, multiplicando-se principalmente entre as décadas de 1980 e 1990. Segundo o MMA, é possível encontrar espécimes de coral-sol no Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Espirito Santo, Santa Catarina e Ceará.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Sendo uma criatura nativa da Europa, Ásia e norte da África, o Javali foi introduzido no Brasil a partir da década de 1960, principalmente para o consumo de sua carne no sul do país. Esse animal está na lista das 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo pela União Internacional de Conservação da Natureza.
Por serem animais muito agressivos e de fácil adaptação, realizam reprodução descontrolada e não possuem predadores naturais. Isso gera uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, principalmente em pequenos agricultores.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Originário da Ásia, o mexilhão-dourado é um molusco bivalve que chegou à América do Sul provavelmente de modo acidental na água de lastro dos navios cargueiros. Eles teriam entrado no Brasil pela Argentina, mas atualmente a espécie já foi detectada em quase toda a região Sul e em vários pontos do Sudeste e Centro-Oeste.
Durante a fase larval, o mexilhão-dourado se locomove livremente pela água até terminar se alojando em superfícies sólidas, onde se fixa e cresce formando grandes colônias. Por ter uma grande capacidade de reprodução e dispersão, além de não ter predadores no Brasil, tornou-se uma espécie invasora.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os saguis são animais muito carismáticos, engraçados e espertos, o que os tornaram uma das espécies exóticas invasoras mais conhecidas pela população. Nativos da região Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, esses pequenos primatas foram introduzidos em locais distintos do seu habitat por consequência do tráfico de animais silvestres.
Embora tenham a simpatia da população, são animais que exigem cuidados redobrados por transmitirem doenças contagiosas, sem contar que apresentam comportamento agressivo em alguns casos. Onde são inseridos, esses macaquinhos assumem postura territorialista, expulsando espécies nativas e tomando conta do ambiente. Por fim, são predadores de répteis, aves e seus ovos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Atualmente, o caramujo-gigante-africano é a espécie exótica invasora que mais causa danos ao meio ambiente e à agricultura no Brasil. Esses animais foram trazidos ao Brasil pelos criadores de escargot, um caramujo comestível muito apreciado pelo ser humano. Porém, não recebeu a mesma aceitação popular.
A população desses animais se prolifera rapidamente em estações chuvosas. Quando dominam um ambiente, os caramujos-gigantes-africanos não apenas consomem as safras dos agricultores, mas também geram custos econômicos inimagináveis. Além disso, são portadores de organismos parasitas, incluindo organismos que prejudicam pessoas e plantas.