Artes/cultura
17/06/2023 às 06:00•2 min de leitura
A medicina é uma das ciências mais antigas e necessárias, acompanhando a humanidade desde os seus primórdios. Embora muitas práticas tenham sido abandonadas, outras tantas são realizadas ainda hoje.
Abaixo você pode conferir cinco procedimentos cirúrgicos que, mesmo sofrendo alterações e tendo sido modernizados, são usados pela medicina atualmente!
(Fonte: Thurston Hopkins/Picture Post/Hulton Archive/Getty Images)
A terapia eletroconvulsiva, também conhecida como ECT, é um tratamento para depressão grave ou transtorno bipolar. Embora ela ainda seja considerada uma prática polêmica, se corretamente prescrita e realizada, ela não apenas é eficaz, como permite que os pacientes tenham uma vida melhor.
A eletricidade já é utilizada para fins medicinais, por meio do uso de enguias elétricas para tratar gota e dores de cabeça, desde os romanos antigos. Nos séculos seguintes, essa técnica passou a ser desenvolvida para casos de cegueira histérica, paralisia e epilepsia.
Parte da imagem negativa da ETC tem origem no uso indevido da prática no passado. Atualmente o procedimento é feito com o uso de anestesia, relaxantes musculares e uma corrente elétrica em doses menores.
(Fonte: Wellcome Images/Wikimedia Commons)
A catarata é uma das principais causas de cegueira no mundo, e o primeiro documento com um tratamento para a ela é de 800 a.C., encontrado na Índia. Conhecido como “couching”, ele consistia em empurrar a lente turva para o fundo do olho com um instrumento pontiagudo — ironicamente, esse método poderia resultar em cegueira se feito de maneira errada.
No século XVIII, as cirurgias para catarata avançaram graças ao oftalmologista francês Jacques Daviel, o primeiro a realizar um procedimento que consistia na remoção da lente por meio de um pequeno corte na córnea. Depois de uma semana de repouso em um quarto escuro, os pacientes conseguiam ter sua vista corrigida com um alto grau de eficácia. O procedimento de Daviel é a base do tratamento moderno de catarata.
(Fonte: Steffen Dommerich/Charité Universitätsmedizin Berlin/Reprodução)
Os registros mais antigos de traqueostomia são dos egípcios e datam de 3600 a.C. Por muitos séculos, ele foi pouco utilizado por resultar em óbito muito regular dos pacientes.
Durante o século XX, o médico Chevalier Jackson padronizou o procedimento cirúrgico com o uso de técnicas adequadas e cuidados pós-operatórios. Atualmente, a taxa de mortalidade da traqueostomia não ultrapassa os 0,5% e é uma das maneiras mais eficazes de intubação e suporte respiratório.
(Fonte: Getty Images)
A sutura é uma das práticas mais comuns da medicina. Ela é usada em situações que variam de pequenos ferimentos à finalização de cirurgias mais complexas, como o transplante de órgãos. E isso porque ela é uma maneira extremamente eficaz de fechar um machucado.
Restos fossilizados de crânios neolíticos já indicavam resultados bem sucedidos dessa prática. Registros mais modernos apontam para os egípcios, por volta de 3000 a.C., usando suturas na preparação de múmias — o que também sugere que eles faziam o procedimento em pessoas vivas.
(Fonte: GettyImages)
Embora a rinoplastia seja geralmente associada a um procedimento estético, ela também corrige desvios de septo e outros dificultadores da respiração. Um registro do século VI a.C., indicando um pedaço de pele da bochecha que foi reaproveitado para moldar um novo nariz, mostra que a cirurgia já era feita.
Já durante o Império Romano, o enciclopedista Aulus Cornelius Celsus descreveu técnicas e procedimentos de cirurgia plástica que visavam a correção e a reconstrução do nariz. A rinoplastia foi constantemente atualizada durante os séculos e, em 1887, o médico John Orlando Roe realizou, nos Estados Unidos, a primeira rinoplastia fechada — procedimento realizado até hoje.