
Ciência
14/11/2017 às 10:25•1 min de leitura
Em praticamente todos os lugares do mundo, as sinalizações luminosas do tráfego são idênticas: vermelho para parar, amarelo para ficar atento e verde para prosseguir. No Japão, entretanto, alguns semáforos trocam o verde pelo azul. Caso você vá para lá e se sinta perdido, saiba que isso não passa de um “problema” bastante antigo e com uma explicação pra lá de curiosa.
Na língua japonesa do passado, existiam palavras para apenas quatro cores básicas: preto, branco, vermelho e azul. Dessa forma, ao descrever algo verde, o pessoal apelava para o termo mais próximo a esse tom, ou seja, o azul.
Por volta do ano 1000 d.C., o termo “midori”, usado para “broto” ou “brotar”, começou a ser usado também para descrever coisas verdes. Porém, a tradição permaneceu, e muita gente ainda usa para o verde o mesmo vocábulo referente ao azul (“ao”), como em “ao-ringo” (maçã verde) e “aodake” (bambu verde).
No passado, tudo era azul
Com a invenção dos semáforos, as cores seguiram os modelos internacionais, só que no papel a coisa era diferente. Os documentos oficiais descreviam as tonalidades usando os termos clássicos, isto é, com “ao” (azul) no lugar de “midori” (verde). Aos poucos, começaram a surgir equipamento com variações dessas duas cores, até mesmo o roxo e a turquesa apareceram no trânsito por conta dessa confusão.
Em 1973, para tentar acabar com esse problema, o governo japonês determinou que os semáforos deveriam ser feitos com o “verde mais azul possível” para justificar o emprego do vocábulo “ao” nos documentos. Dessa forma, eles continuariam dentro dos padrões internacionais, mas sem comprometer a sua língua clássica.
Você que está viajando: trata-se de um verde extremamente azulado