Ciência
18/06/2018 às 08:30•2 min de leitura
Os amigos o convidam para um rolê, e você até se interessa, mas a possibilidade de ficar sozinho em casa — só você, o sofá e a TV — é incrivelmente mais atrativa. Interagir com tanta gente, em um ambiente barulhento, às vezes ainda conhecer pessoas novas... todo o processo pode parecer um verdadeiro sacrifício para um introvertido.
Não que não seja assim para um tímido, mas isso acontece com ambos por razões diferentes. O primeiro não necessariamente tem dificuldade em interagir com os outros — apenas prefere estar só de verdade. O segundo, na mesma situação, até está disposto a conversar e talvez queira criar novos relacionamentos — mas não consegue cumprir a tarefa facilmente.
Quando uma pessoa tímida está em uma interação social, especialmente uma que envolve várias pessoas, ela fica ansiosa, nervosa e consciente de absolutamente tudo o que está fazendo e falando, podendo inclusive ficar embaraçada com o que diz.
Com os introvertidos, esses sintomas não necessariamente se apresentam. Eles até apreciam o contato entre indivíduos, desde que sejam sujeitos dele ou que a conversa seja útil de alguma maneira. Não há dificuldade, apenas também não há muito prazer envolvido.
Em uma sociedade de extrovertidos, tanto ser tímido quanto ser introvertido podem ser vistos como anomalias. Afinal, simplesmente preferir ficar sozinho? Se você está nesse grupo, certamente já ouviu que isso "não é normal". Na verdade, são somente formas diferentes de enxergar esse aspecto do convívio entre humanos.
A diferença entre pessoas extrovertidas e pessoas introvertidas, segundo Jenn Granneman, a criadora do site Introvert, Dear, é a forma como a dopamina afeta o cérebro de ambos.
"Essa substância é um neurotransmissor e ajuda a controlar os centros de prazer e recompensa do cérebro. Ter um sistema mais ativo significa que os sociáveis ficam mais energizados e excitados pela possibilidade de gratificação do que os que são fechados. Então, eles são mais motivados a, digamos, iniciar uma conversa com um estranho ou ficar no bar até a última chamada."
Por outro lado, o prazo da interação é semelhante para quase todo mundo. Estudos apontam que, após 3 horas de trocas sociais em ambientes com muito agito, todas as pessoas começam a demonstrar sinais de fadiga, independentemente de suas características.
Outro ponto interessante é que você pode lutar contra a timidez, uma vez que há várias táticas para driblá-la. Já tentar mudar sua natureza introvertida não é bem assim — até porque isso nem sempre prejudica seu convívio. Nesse caso, é mais uma questão de temperamento do que de personalidade.
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