5 mudanças que tornaram voos mais seguros

18/06/2018 às 14:123 min de leitura

Embora para muita gente não pareça, voar é mais seguro do que atravessar uma rua. Em um primeiro momento, podemos ter a impressão de que uma cápsula gigante de metal voando traria muito mais riscos, mas o avanço da tecnologia, aliado a procedimentos rígidos, faz com que isso não seja verdade.

Os números da aviação comercial mostram que 2017 foi o ano mais seguro de todos os tempos, com dez acidentes, sendo que nenhum deles aconteceu em linhas regulares. O último grande acidente registrado foi a queda do avião operado pela empresa LaMia, que levaria o time da Chapecoense até Medellín, na Colômbia.

Esses são números recentes, mas nas décadas de 70 e 80 as coisas eram bem diferentes. O ano de 1972 ficou marcado com 64 acidentes e 2.331 vítimas fatais, sendo o pior ano do registro. Dados como esses fizeram com que providências fossem tomadas, e não é por acaso que a quantidade de acidentes diminuiu drasticamente.

Um avião não funciona como um ônibus, que pode parar no acostamento a qualquer momento. Por isso, conforme os acidentes aconteciam, eram conduzidas investigações e, com base nos resultados, implementadas novas medidas de segurança para que aquele tipo de problema específico não acontecesse novamente. Segundo o CNTraveler, essas 5 medidas de segurança foram alteradas nessas condições e tornaram a aviação comercial algo excepcionalmente confiável. Veja só!

1. Cansaço dos pilotos

Após a investigação sobre o acidente com o voo 5966, nos EUA, foram alteradas as regras sobre o tempo de descanso para os pilotos. Na ocasião, 11 dos 13 passageiros morreram, além de toda a tripulação. O acidente ocorreu por problemas durante o pouso, principalmente por falha humana, creditada ao cansaço mental do piloto.

2. Redundância de equipamentos

Apesar de a automatização ser algo cada vez mais presente na nossa realidade, algumas coisas continuarão com supervisão humana por um bom tempo. Os aviões atuais possuem uma série de funções automatizadas bastante úteis, pois executam funções repetitivas em que uma pessoa realmente é irrelevante.

A grande questão está nas situações em que algo dá errado. A maioria dos sistemas principais da aeronave contam com redundância; ou seja, existem formas de substituir o equipamento principal caso ele apresente problemas. Isso faz com que os pilotos tenham sempre o controle da aeronave, independentemente do defeito.

3. Tecnologia de satélites

Cada vez mais as companhias aéreas têm instalado sistemas de GPS em seus aviões. Através deles é possível seguir a rota de maneira mais precisa, além de ter um acompanhamento em tempo real sobre o clima no decorrer do percurso.

4. Porta da cabine dos pilotos trancada

Das vítimas de acidentes aéreos registrados em 2001, grande parte é preenchida pelos ataques terroristas feitos em 11 de setembro. Na ocasião, quatro aviões tiveram a cabine invadida e os pilotos, rendidos. Um deles conseguiu ser retomado pelos passageiros, enquanto os outros três acabaram lançados contra o Pentágono e as Torres Gêmeas.

Após essa tragédia, cabines à prova de balas foram instaladas em todos os aviões comerciais. A medida também evitou o incômodo gerado por passageiros descontrolados e até mesmo interrupções inoportunas da própria tripulação.

5. Conscientização dos passageiros

Antigamente, os passageiros tinham muito mais liberdade durante voos. Por mais segura que uma aeronave seja, ela ainda é um meio de transporte instável que não emite avisos sobre turbulências. Isso fez com que alguns limites fossem impostos, e embora a explicação dos comissários sobre casos de emergência seja negligenciada por muitas pessoas, provavelmente a maioria sabe como agir em uma situação extrema.

Sempre existem formas de aumentar a segurança, não importa o meio de transporte utilizado. Por exemplo, carros que foram fabricados a partir de 2014 já saem de fábrica obrigatoriamente com sistemas de airbag e freios ABS. Quando foram lançados, esses sistemas de segurança eram caros e equipavam somente modelos de luxo, mas agora até os populares são beneficiados por eles.

Traçando um paralelo com a aviação comercial, podemos dizer que, se um carro colidisse com outro porque as rodas travaram em uma frenagem, o equipamento passaria a ser obrigatório em todos os veículos, pouco tempo depois. Por isso andar de avião é tão seguro.

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