Saúde/bem-estar
28/06/2018 às 14:09•2 min de leitura
O mundo já foi lar de um número imenso de civilizações, cada uma desenvolvendo sua cultura, sua tecnologia e deixando seu legado. Algumas não cresceram tanto a ponto de influenciar futuras gerações, mas através da arqueologia ficamos sabendo dos feitos alcançados por esses povos.
Considerando o desenvolvimento tecnológico atual, parece que só nós somos capazes de criações com alta precisão, mas o templo de Puma Punku mostra que mesmo com poucos recursos, ou ferramentas rudimentares, era possível construir algo que ainda impressiona — quase 2 mil anos depois.
Localizado na Bolívia, o complexo do templo de Puma Punku faz parte de um grande sítio arqueológico conhecido como Tiahuanacu. A origem das construções no local são um mistério, mas pela datação por carbono os pesquisadores acreditam que a estrutura foi erguida durante o império Tiwanaku, que habitou a região antes dos incas, no período entre 300 e 1000 d.C.
O local poderia ser somente mais um entre tantas civilizações que se desenvolveram pelo mundo, porém é impressionante a exatidão com que as pedras do local foram entalhadas. No seu período de glória, Puma Punku era um grande terraço, formado por pedras gigantes que pesavam algumas toneladas. Os elementos eram de arenito vermelho e andesito, cortados com tamanha precisão que seu encaixe era perfeito, dispensando o uso de qualquer tipo de argamassa.
Hoje, somente com o auxílio de máquinas seria possível construir algo semelhante. Além das juntas precisas, onde não se consegue passar nem uma fina lâmina, existem muitos buracos que parecem ter sido feitos por furadeiras modernas. Os pesquisadores não entendem como um povo que não deixou registros de escrita nem utilizou algum tipo de roda durante sua existência possa ter sido responsável por algo assim.
A maneira como os blocos eram transportados também é uma questão que não possui resposta até hoje. A análise dos materiais indicou que a matéria-prima foi retirada de uma localidade próxima ao Lago Titicaca, que fica a 10 quilômetros do templo. O que impressiona é que algumas peças possuem dimensões de 7,5 x 5 metros com 1 metro de espessura, pesando mais de 100 toneladas cada!
Já os blocos menores, de adensito e utilizados para revestimentos e esculturas, vieram de uma região distante 90 quilômetros do local, do outro lado do lago.
As evidências disponíveis indicam que a construção do templo de Puma Punku não foi feita pelos Tiwanaku, mas por outro povo que possuía tecnologia muito mais avançada. Existe a possibilidade de que o material analisado na datação por carbono tenha sido contaminado, alterando o período de construção conhecido — ou a estrutura foi construída por uma civilização que cruzou o oceano para a tarefa e abandonou o local após a finalizar.
São tantas suposições sobre o assunto que até o auxílio de aliens já foi considerado, dada a precisão das peças do templo. Até que alguém arranje uma explicação plausível, essa continua sendo uma possibilidade.
Hoje o templo está em ruínas, com blocos derrubados de forma irregular, fato que possivelmente ocorreu em virtude de um terremoto, acompanhado de ondas gigantes vindas do lago.
É impressionante saber que civilizações que existiram há milhares de anos tiveram capacidade de se desenvolverem tanto, mas não foram resilientes o suficiente para sobreviver às mudanças. Isso pode ser considerado um ótimo aviso sobre o futuro, caso não levemos em conta que um dia toda a nossa realidade pode ruir.
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