Ciência
03/07/2018 às 09:00•2 min de leitura
Segundo o ditado, basta estar de pé para poder cair — e, nesse caso, podemos ler no sentido mais literal possível. Seja velho ou jovem, homem ou mulher, todos estamos sujeitos a levar um belo tombo. Como isso faz parte da vida, nada melhor do que saber a melhor forma de reagir quando essa inevitável situação surgir.
Em momentos assim, é difícil conseguir pensar, mas talvez lendo essas dicas, você as mantenha em seu subconsciente e consiga transformar um possível braço quebrado em apenas arranhões.
Levar um tombo é algo que assumimos como natural e, na maioria das vezes, não existe um grande perigo no acontecimento. Nas emergências de hospitais, quedas respondem por mais de um terço dos casos, ultrapassando até os feridos por acidentes de trânsito.
O problema fica pior conforme a idade chega, pois 70% das pessoas com mais de 65 anos levadas até um hospital de forma emergencial sofreram uma queda. A fragilidade natural do corpo, que surge com a idade, faz com que um quinto dessas pessoas acabe com alguma fratura ou lesão mais séria.
Independente do motivo que leva uma pessoa ao chão, o problema sempre é o impacto inesperado. Quando você é surpreendido por um piso escorregadio, dificilmente existe tempo de reação. Agora, quando algo vem em sua direção ou você consegue perceber que a queda é inevitável momentos antes de ela acontecer, talvez seja possível minimizar os estragos.
A primeira dica vem do conhecimento das crianças sobre o assunto, ou a falta dele. Quando estamos aprendendo a andar, cair é algo rotineiro. Mesmo assim, crianças não se machucam tanto quanto adultos, pois, além de serem menores e mais leves, não têm os medos que são desenvolvidos com o tempo. Isso faz com que a queda seja mais natural e relaxada, tornando mais provável atingir o chão com regiões maiores do corpo, redistribuindo o impacto em uma área maior.
Outra técnica interessante é a utilizada por profissionais no assunto. Não são raros os casos de atores que interpretam personagens dinâmicos, que precisam cair em cena. Para isso, o diretor de lutas da Ópera Lírica de Chicago, Chuck Coyle, disse em entrevista que o melhor é “distribuir o peso na panturrilha, nas coxa e nos glúteos, rolando para o lado de fora da perna, em vez de cair para trás”. Ou seja, se houver espaço disponível, o melhor é se lembrar dos filmes de ação e sair rolando pelo chão, pois isso fará com que o choque seja mais bem distribuído pelo corpo.
Quando percebemos a queda iminente, nossa primeira reação é tentar evitar o impacto com pés ou mãos. Claro que é muito melhor quebrar um braço do que o quadril, mas é possível utilizar os membros como forma de aliviar o impacto. Segundo Kevin Inouye, dublê e professor de teatro com foco em técnicas de combate na Universidade de Wyoming, em uma queda para frente "se colocarmos o braço para tentar frear, o trabalho dele não deve ser para nos parar imediatamente, mas para direcionar e desacelerar a queda".
Já quando a queda é para trás, o melhor a fazer é mover a cabeça em direção ao seu peito, protegendo-a com as mãos. Esse movimento deve ser realizado enquanto se procura direcionar a parte mais larga das costas contra o chão, expirando no momento do impacto.
Saber de todas essas técnicas é algo interessante, mas o melhor mesmo é não cair. Então, sempre procure olhar por onde anda e não correr onde exista a possibilidade de ser pego de surpresa por um piso escorregadio ou uma pessoa distraída com seu smartphone. Seu corpo agradece!
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