Ciência
12/09/2018 às 13:32•2 min de leitura
Uma das religiões com maior número de adeptos pelo mundo, o budismo é baseado nos ensinamentos deixados pelo Buda Sakyamuni, nobre indiano que nasceu com o nome Siddhartha Gautama e viveu em uma região que hoje pertence ao Nepal, entre 563 e 483 a.C. Buda, na verdade, significa “aquele que despertou do sono da ignorância ou aquele que se iluminou”, e Sakyamuni quer dizer “o sábio do clã dos Sakya”.
Um dia, com 29 anos de idade, Siddhartha saiu do palácio e teve contato com cenas de sofrimento e miséria. Sua vida mudou a partir desse momento, quando ele resolveu se isolar e, por fim, acabar se tornando Buda Sakyamuni, proferindo ensinamentos até os 80. Como em toda religião, templos e monumentos são construídos como símbolos de seus pensamentos, e as Grutas de Longmen fazem parte da crença budista.
Entalhadas nas pedras existentes nas margens do rio Yi, ao sul da cidade de Luoyang, na China, essa série de templos budistas inclui 1.350 cavernas e 40 pagodes, repletos de estátuas de todas as formas e tamanhos, que variam entre alguns centímetros e 17 metros, altura da maior estátua de Buda existente no complexo. Estendendo-se ao longo de 1 quilômetro, as cavernas são um dos melhores exemplos da arte budista chinesa.
As duas colinas que se elevam ao lado do rio Yi são muito íngremes e compostas por calcário, rocha que é esculpida facilmente, tornando viável a execução das Grutas de Longmen. A construção teve início no ano 493, durante o reinado do Imperador Xiaowen, e continuou ao longo de outras seis dinastias, por um período total de 400 anos.
Atravessando diversas épocas, nas quais a cultura e a tecnologia evoluíram, é notável a alteração do estilo de escultura, do design de roupas e da expressão facial das estátuas. As imagens mais antigas são simples e possuem formas arredondadas, enquanto as executadas na fase final são muito mais complexas, incorporando mulheres e figuras da corte.
A maior e mais antiga caverna do complexo é Guyangdong, que abriga o trabalho executado durante o reinado do Imperador Xiaowen, com esculturas bancadas por diversos nobres e religiosos, que aprovaram a sua política de reformas.
Uma das cavernas mais bem preservadas das Grutas de Longmen é conhecida como Huangfugong, que também abriga as maiores estátuas do complexo. Durante diversos períodos após o término das obras, as cavernas sofreram vandalismo e saques significativos, começando com o movimento antibudista que ocorreu no século 9.
Nos séculos 19 e 20, desbravadores ocidentais se apossaram de diversas estátuas, que hoje estão expostas em grandes museus, como o Metropolitan Museum of Art, em Nova York. A Revolução Cultural Chinesa, que se iniciou em 1966, também foi responsável pela destruição de algumas estátuas. Hoje, em um período de estabilidade no país, as grutas estão categorizadas pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.
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