Ciência
14/08/2019 às 08:07•1 min de leitura
Bryon Widner se define como um “ex-sociopata limítrofe”, após ter passado sua juventude em um grupo racista nos EUA, chamado Vinlanders Social Club, conhecido por ser extremamente violento.
Byron se tornou skin-head aos 14 e, a partir daí, passou 16 anos atrelado a organizações racistas, chegando a ser co-fundador do Vinlanders. Foi quando fez a primeira tatuagem e não parou, tendo seu rosto cheio delas, que eram claramente racistas.
Em 2005, Byron se casou com Julie Larsen e, um ano depois, tiveram seu primeiro filho. A paternidade fez Byron querer deixar o movimento racista (assim como sua esposa) e, com isso, apagar cada tatuagem do rosto.
Com mais de uma tatuagem, Byron teve dificuldade em se enquadrar na sociedade, afinal, todas eram chamativas. “Eu estava preparado para mergulhar meu rosto em ácido”, contou para a revista Associated Press.
Foi quando Julie, sua esposa, entrou em contato Daryle Lamont Jenkins, uma ativista anti-racismo, que a apresentou para o Southern Poverty Law Center.
Após muitas entrevistas, o SPLC concordou que Byron era sincero e queria voltar a viver em sociedade. Assim, encontraram um cirurgião e, com uma doação anônima de US$ 35 mil, começaram os procedimentos para a retirada das tatuagens.
A remoção levou cerca de um ano e meio, e o rosto de Byron ficava com queimaduras e bolhas, mas o ex-skinhead não pensou em desistir, querendo ser um exemplo para o filho.
Hoje, o rosto de Byron possui apenas cicatrizes, mas nada que dê para imaginar o que era. Sua história se tornou um documentário, chamado “Erasing Hate”, e também um filme, chamado “Skin”.