Ciência
22/08/2019 às 08:00•3 min de leitura
Grandes fogueiras eram comuns durante boa parte da história da humanidade, mas o objetivo delas é bem diferente daqueles com os quais estamos acostumados hoje. Acusadas de bruxaria, feitiçaria, “magia negra”, diversas mulheres foram, literalmente, queimadas vivas nas fogueiras. Além delas, outros tantos eram acusados de utilizar poderes misteriosos e eram tidos como verdadeiros demônios, sendo sentenciados à morte.
Muitos foram acusados no passado, mas acreditem, ainda há pessoas famosas acusadas de “bruxaria”, afinal, o sucesso incomoda e para algumas pessoas, conquistá-lo só com magia.
Depois de casar-se com Henrique VIII após uma separação tumultuada do rei e da primeira esposa Catarina de Aragão que rendeu, inclusive, o rompimento com Roma e a proclamação de uma Inglaterra protestante, Ana deu ao rei uma filha e em um segundo parto, o filho nasceu morto, frustrando os planos de um príncipe. Sentindo-se amaldiçoado, Henrique culpou sua rainha alegando que havia sido seduzido com feitiçaria. Os inimigos da rainha aumentaram os rumores afirmando que ela possuía “marcas de bruxa” e, apesar de nunca ter sido formalmente acusada de feitiçaria, Ana teve sua reputação manchada e não demorou a ser morta pelo inimigo.
Uma jovem de 19 anos que abandona as vestes de camponesa e veste armadura para lutar em um exército chama a atenção e incomoda. Joana tinha visões com santos e arcanjos e, para os inimigos ingleses, ela era considerada uma agente do mal que usava encantamentos e feitiçaria. Quando foi capturada e entregue aos ingleses, foi acusada de heresia e a pintaram de bruxa por causa de suas visões. Joana foi presa porque a condenação à morte só poderia ser feita caso ela fosse acusada e condenada por heresia duas vezes. Suas vestes foram sua ruína. Acostumada a vestir trajes militares, continuou usando-os na prisão, o que configurou sua “segunda heresia”. Foi condenada a ser queimada na fogueira.
Agora santo da Igreja Católica, o Papa João Paulo II é considerado uma figura heroica do século XX. Ele continua sendo visto como uma importante influência graças a seus atos de bondade e solidariedade, mas há quem discorde, especialmente dados os escândalos sexuais vividos pela igreja. Há quem o chame, como Ian Paisley, do próprio anticristo. Algumas pessoas afirmam que há sinais ocultos em sua vida que mostrariam sua “origem diabólica”, como seu nascimento supostamente durante um eclipse lunar e seus próprios rituais fúnebres.
A família Clinton é muito famosa nos Estados Unidos e alvo de muitos comentários e não somente pelo desempenho político de Bill e Hillary. Um site se dedica a fazer conexões do casal com as forças das trevas, que vão desde acusar Bill de usar vodu haitiano para vencer a eleição a acusar Hillary de ser a “prostituta da Babilônia”. Além disso, acusam o casal de realizar rituais bizarros atingir seus objetivos. E as “ideias estranhas” não se restringiram ao site. Em 2016, na convenção republicana, Hillary foi acusada, por um participante, de ser membro dos Illuminati e bruxa. Fotos de Hillary brincando inocentemente com um chapéu de bruxa e o fato de ela usar um broche em forma de pássaro já serviram de “provas” de suas associações satânicas.
Beyoncé não tem o apelido de Queen B à toa. No topo da indústria da música e alcançando outros mercados, como o da moda, Bey foi acusada, em 2018, de usar “feitiçaria extrema” contra uma ex-baterista e invocar feitiços de abuso sexual. Ah, ela também teria enfeitiçado o gatinho do baterista. Além disso tudo, Beyoncé foi acusada pela ex-baterista Kimberly Thompson de “habitar os corpos de outras pessoas”.