Estilo de vida
12/11/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 12/11/2024 às 18:00
Por séculos, as culturas ao redor do mundo usaram métodos variados para dividir o tempo — e adivinhe, nem sempre concordavam sobre a melhor forma de fazer isso! Hoje, usamos um sistema bastante estabelecido: 52 semanas, com um ou dois dias extras dependendo do ano. Mas, como chegamos a essa divisão exata? Vamos descobrir!
Para entender o calendário de hoje, é bom voltar uns 11 mil anos. Os aborígenes australianos já usavam arranjos de pedras para observar o Sol e medir o tempo. Mais tarde, culturas como os egípcios e os sumérios também começaram a contar o tempo, motivadas pela religião: era importante saber a hora certa para orações e rituais.
No Oriente, os chineses usavam um calendário lunissolar, combinando ciclos da Lua e do Sol para organizar colheitas e festivais. Com o tempo, o Sol se mostrou mais confiável, já que a órbita da Lua era irregular. Mesmo com vários ajustes, nenhum sistema era perfeito.
Até que em 46 a.C., Júlio César trouxe uma solução com um calendário baseado no Sol e com um dia extra a cada quatro anos, embora ainda restasse um pequeno erro anual de 11 minutos.
Em 1582, o Papa Gregório XIII decidiu ajustar o calendário para corrigir o erro acumulado desde o calendário juliano. Para isso, ele pulou de 4 para 15 de outubro, fazendo 10 dias “desaparecerem.”
Países como a Inglaterra demoraram a adotar a mudança, enquanto outros, como a China, continuaram com seus próprios calendários, causando uma verdadeira confusão de datas por algum tempo.
Hoje, temos um ano com 52 semanas e um dia extra (ou dois, nos anos bissextos), resultado de séculos de ajustes. Mas, se você pensou que o sistema estava perfeito, se enganou um pouco.
Em 1923, o astrofísico Milutin Milankovic sugeriu um ajuste nos anos bissextos para torná-los mais precisos, omitindo três anos bissextos a cada 400 anos. No entanto, essa alteração foi adotada apenas por uma parte da Igreja Ortodoxa Oriental, e nem todos seguem essa versão mais precisa.
Agora que entendemos um pouco mais sobre como chegamos à famosa contagem de 52 semanas, fica claro que a nossa maneira de dividir o tempo é resultado de séculos de tentativas, erros e ajustes. Portanto, da próxima vez que você olhar para o calendário e contar as semanas, lembre-se: há muito mais história nesse número do que parece à primeira vista.