Artes/cultura
29/04/2018 às 10:00•2 min de leitura
O que "E.T. - O Extraterrestre", "Alf", e as criaturas de "A Chegada" têm em comum? Todos eles conseguiram romper com as forças gravitacionais de seus planetas e viajar pelo espaço, de uma forma ou de outra chegando até a Terra.
Segundo Michael Hippke, pesquisador independente afiliado ao Sonneberg Observatory, na Alemanha, é isso que está faltando para que o nosso planeta receba as tão esperadas visitas alienígenas.
De acordo com ele e sua mais recente pesquisa, se existem mesmo seres vivos e conscientes fora do Sistema Solar, eles podem estar presos em seus próprios planetas por um campo gravitacional extramemente poderoso — muito mais forte do que o nosso —, de forma que não conseguiram iniciar ainda suas missões de exploração espacial, como nós terráqueos já fazemos.
Entre os planetas que se imagina serem habitáveis, Hippke sugere considerar por exemplo uma Super-Terra. No caso desses astros com composição rochosa e atmosfera similares às nossas, seu volume maior também faria com que a atmosfera fosse mais espessa e, portanto, demandasse muito mais energia para romper com ela por meio de um voo espacial.
"Nós descobrimos que os foguetes químicos ainda permitem velocidades de escape em Super-Terras de até 10x a massa da Terra. Mundos rochosos mais massivos, se existirem, exigiriam outros meios para deixar o planeta, como a propulsão nuclear", sugere Hippke no resumo do artigo que publicou recentemente.
O cientista calculou que, utilizando combustíveis similares ao nossos, uma missão de exploração espacial populada demandaria cerca de 400 mil toneladas métricas de combustíveis para romper com a gravidade de um planeta como uma Super-Terra.
Seria praticamente o mesmo que tentar voar carregando com você a Grande Pirâmide do Egito — o que tornaria a decolagem praticamente impossível.
Outro ponto importante, segundo ele, é que há grandes chances de que planetas com maior massa tenham também menor proporção de combustível e que este tenha menos força, tornando tudo ainda mais trabalhoso.
No caso da Terra, o motivo pelo qual nossas missões para fora daqui foram bem-sucedidas é uma combinação entre a força gravitacional não tão espessa e combustíveis eficientes e em grande volume.
É claro que não pode ser descartada a possibilidade de que planetas diferentes da Terra também tenham outros tipos de elementos químicos e combustíveis ou então formas de energia que não chegam a sequer passar pela cabeça do ser humano. Mas, como até agora eles ainda não apareceram no horizonte, essa pode ser uma boa explicação do motivo!