Ciência
25/09/2020 às 08:00•2 min de leitura
Recentemente, o Brasil todo acompanhou a história da deputada e pastora Flordelis, que foi acusada de matar seu marido Anderson do Carmo (também pastor) com a ajuda de alguns dos muitos filhos adotivos do casal. Essa história é bizarra e rendia um post só sobre ela aqui no Mega, mas um dos detalhes que mais chamou a atenção foi o histórico de buscas de uma das filhas de Flordelis no Google: ela procurou termos como "assassino onde achar", "alguém da barra pesada" e "barra pesada online".
Pois é... Não é à toa que essas informações foram incorporadas às provas do processo e serviram para ajudar a polícia a prender Flordelis e os filhos envolvidos. A questão é que não é só aqui no Brasil que as pessoas procuram instruções de como cometer crimes na internet: uma mulher americana chamada Katrina Fouts também foi delatada pelo Google, acusada de matar seu marido com cogumelos venenosos.
O marido de Katrina, David, foi encontrado em um matagal com seus bolsos revirados, cortes nas mãos e marcas nos pés, que indicavam que seu corpo foi arrastado após a morte. Quando soube do falecimento do marido, Katrina prontamente disse que ele era alcoólatra e parecia suicida nos dias antes de seu desaparecimento — embora ela não tenha feito nenhuma queixa sobre isso, por vários dias.
Mas foi na autópsia que a história começou a ficar mais cabulosa: os médicos legistas descobriram várias fatias de um cogumelo venenoso no organismo de David Foults. A espécie Lyophyllum connatum contém muscarina, uma substância extremamente tóxica, que causa desde suor excessivo até dificuldades de respiração e tornar as batidas do coração mais lenta. Duas fatias desse cogumelo já podem conter muscarina suficiente para envenenar uma pessoa em menos de meia hora.
Com essa prova, a polícia direcionou ainda mais suas suspeitas para a esposa. Quando eles vistoriaram o celular dela... Aí não faltou mais nada: no seu histórico de buscas do Google constavam termos tipo "como passar num teste de detector de mentiras", "leis de homicídio em Indiana" e "leis de crime passional em Indiana", que é estado dos EUA onde Katrina vive.
Como se não bastasse, a mulher ainda tinha salvo imagens de cogumelos venenosos no aparelho e ainda tinha trocado mensagens suspeitas com seu amigo Terry Hopkins, como: "Obrigada por completar os fluidos do meu carro na noite passada e cuidar de outras coisas que eu precisava de ajuda". Outras coisas como matar seu marido?
Verdade seja dita, David Fouts, o morto, também parecia ser uma pessoa meio tóxica: em setembro do ano passado ele foi preso por violência doméstica e não cumpriu as ordens de restrição para não chegar perto da mulher. De qualquer forma, quem vai julgar os atos de Katrina e Terry são as autoridades: a dupla está presa e vai comparecer à corte em novembro. Pelo menos eles já estão bem informados sobre as leis, né?