Estilo de vida
21/10/2020 às 12:00•2 min de leitura
Muitos profissionais são capazes de qualquer coisa para poder se dar bem no trabalho; até mesmo prejudicar alguns colegas. Uma italiana foi condenada a quatro anos de prisão, após admitir que “batizava” o café de uma colega com tranquilizantes para prejudicá-la profissionalmente.
Essa trama, que poderia ser o enredo de um filme de Hitchcock, acabou assumindo consequências mais perigosas na vida real. Foi no dia 6 de setembro de 2017, uma quarta-feira, que a protagonista da história macabra, Mariangela Cerrato, começou a execução de seu plano maligno.
Como fazia regularmente, Mariangela trouxe café e cappuccinos para seus colegas de trabalho num escritório na pequena cidade de Bra, na região de Piemonte na Itália. Para não levantar suspeitas, a moça comprou as gentilezas num bar próximo.
Após ingerir o cappuccino numa única golada, Alice Bordon, uma das colegas de Mariangela, sentiu-se mal, ficou tonta e, ao caminhar até sua mesa, desmaiou. Levada ao hospital, os médicos suspeitaram de um possível derrame, sem imaginar que algo sinistro estava por trás daquele mal-estar.
Após esse primeiro episódio, as coisas pioraram muito. Alice continuou sentindo uma tontura persistente, que culminou num acidente, onde bateu seu carro contra uma parede. Entretanto, foi só no Natal de 2017 que ela começou a desconfiar da colega e das bebidas gentilmente trazidas por ela todas as manhãs.
Depois de tirar uma folga e perceber que, durante o período, seus sintomas haviam desaparecido, Alice retornou e, seguindo o conselho de um neurologista, parou de aceitar as ofertas de café. Porém, teve que lidar com a raiva da colega Mariangela que, de forma irada, começou a questioná-la por recusar sua gentileza.
Alice permaneceu calada, porém, mais do que nunca teve certeza de que havia algo de errado com aquelas ofertas de café. Resolveu então tirar a prova, pedindo à colega que lhe trouxesse um cappuccino. Para alegria de Mariangela, bebeu uma parte, reservando, sem que ela soubesse, metade para um exame laboratorial.
As suspeitas se confirmaram: havia no café dez vezes mais tranquilizantes do que a dose normalmente recomendada. Confrontada, Mariangela confessou o crime e disse que, com a perspectiva de cortes de pessoal na empresa, ela resolveu eliminar uma concorrente direta.
Mariangela Cerrato foi processada e, após longo julgamento, condenada: teve que passar os quatro anos seguintes tomando o café amargo de uma prisão.