Artes/cultura
02/12/2020 às 13:00•2 min de leitura
Um caso brutal de assassinato chocou a cidade de Sidney, na Austrália, em 2019 e vem dando o que falar desde então. Após tê-la defendido de graves acusações, Rita Camilleri foi decapitada pela sua filha de 25 anos, Jessica. De acordo com os vizinhos da família, a menina sempre teve crises de raiva, apresentava comportamento obsessivo e vivia realizando “trotes” pelo telefone onde ameaçava outras pessoas.
Em declaração para a Suprema Corte de Nova Gales do Sul, a amiga dos Camilleri Jada Arena informou ter proferido as seguintes palavras para Rita: “essa garota ainda vai ferir alguém”. Em resposta, a mulher teria escutado “essa não é a minha Jessica”. O crime ocorreria duas semanas após a duração desse diálogo.
O crime ocorrido na noite do dia 20 de julho de 2019 entraria para a história australiana como um dos casos policiais mais sombrios do país. Aos 57 anos de idade, Rita Camilleri foi esfaqueada múltiplas vezes, causando decapitação, por sua filha problemática em um apartamento que dividiam na zona oeste de Sidney.
Jessica Camilleri foi diagnosticada com diversas doenças mentais, autismo e leve deficiência intelectual. O caso corre em tribunal na Austrália desde o ano passado. Num dos relatos, os policiais disseram ter encontrado o corpo de Rita no chão da cozinha por volta das 23h30 após sua filha ter carregado sua cabeça para fora da casa e a largado na porta de entrada.
Apesar de não existir qualquer prova de contestação que inocente a menina do crime, o tribunal ainda tenta categorizar o homicídio entre doloso e culposo. Caso a corte considere Jessica incapaz de controlar suas ações por conta de seus distúrbios psicológicos, a pena pode ser reduzida.
Ainda em seu relato, Jada Arena chegou a descrever a relação entre mãe e filha como “submissa” e afirmou que Rita sempre foi super protetora. Por mais que a jovem de 25 anos fosse vista diversas vezes mandando sua mãe “calar a boca”, a vítima sempre buscava defendê-la e mantê-la calma.
Na noite anterior ao crime, Rita havia levado Jessica até a delegacia de St. Mary’s após a menina ter passado a noite ligando 35 vezes para um homem desconhecido, lhe acordando e dizendo que “torcia para ele tivesse câncer e morresse”.
De acordo com Arena, em uma das vezes em que a menina havia sido levada para um hospital psiquiátrico, a jovem australiana teria retornado dizendo que “preferia matar uma pessoa do que voltar para um lugar como aquele”.