Estilo de vida
28/08/2017 às 06:25•2 min de leitura
Quando o assunto são as DSTs — isto é, as temidas doenças sexualmente transmissíveis —, existem algumas infecções que são conhecidas de todos, como é o caso da sífilis, do herpes e do HPV (papiloma vírus humano), por exemplo. Mas essas não são as únicas DSTs em circulação por aí — e há várias sobre as quais muita gente nunca ouviu falar. Uma que não é tão popular assim é a tricomoníase, uma doença provocada por um parasita inoportuno que, se não for tratada, pode trazer uma série de complicações.
De acordo com Jeremy Glass, do site Greatist, a tricomoníase é uma infecção provocada por um pequeno protozoário chamado Trichomonas vaginalis, que é transmitido durante a prática do sexo sem preservativos. Apesar do nome do bichinho (“vaginalis”), não pense que ele vive apenas no organismo das mulheres! Os homens também podem se contaminar e “passar” o parasita para outras pessoas.
A tricomoníase não é uma exclusividade feminina
Na verdade, o contágio normalmente ocorre por meio do contato do pênis com a vagina, vagina com pênis e vagina com vagina, e é incomum que a boca e o ânus sejam afetados. Portanto, é relativamente raro que homens bissexuais e homossexuais apresentem a tricomoníase.
Mesmo assim, segundo Jeremy, milhões de pessoas são infectadas anualmente (essa DST é bastante comum), mas, como apenas 30% apresentam os sintomas típicos da doença, a maioria só descobre que tem tricomoníase depois de passar por testes para detectar a presença do protozoário. Enquanto isso, quem não for cuidadoso pode transmitir o T. vaginalis por aí sem saber.
Trichomonas vaginalis
Conforme mencionamos, nem todos os portadores do parasita apresentam sintomas, mas, quando eles se manifestam, nos homens, eles costumam aparecer na forma de coceira e irritação no interior do pênis, ardência na hora de urinar e liberação de uma secreção desagradável que parece um pus meio espumoso — ui...
Já as mulheres infectadas, assim como os homens, podem sentir ardência na hora de fazer xixi, coceira e a liberação de uma secreção com odor bem desagradável (ui também), assim como irritação vaginal. Ademais, outro sintoma que pode afligir tanto homens como mulheres é a sensação de dor durante as relações sexuais.
O problema com a tricomoníase é que as consequências da contaminação não se limitam aos sintomas que descrevemos acima. A inflamação provocada pelo T. vaginalis pode aumentar o risco de contaminação de outras doenças sexualmente transmissíveis mais sérias, bem como agravar os quadros de infecção urinária.
Ela pode trazer outras complicações
Além disso, em mulheres, estudos encontraram evidências de que a doença pode aumentar o risco de surgimento do câncer de colo de útero — possivelmente por conta de seu papel em tornar as infectadas mais propensas a serem contaminadas por outros agentes infecciosos — e, em grávidas, a tricomoníase está associada à ocorrência de partos prematuros e ao nascimento de bebês com o peso abaixo do esperado.
Por sorte, a tricomoníase pode ser tratada com o uso de antibióticos — geralmente os nitroimidazólicos, o metronidazol ou o tinidazol — e prevenida com o uso de preservativos durante as relações sexuais.