Álcool ou maconha: qual é o maior vilão para o cérebro?

26/02/2018 às 12:282 min de leitura

Proibida no Brasil e em grande parte do planeta, a maconha é normalmente classificada como droga, enquanto o álcool, legalizado em todo o mundo (com exceção de alguns países de maioria muçulmana), normalmente recebe um tratamento mais “generoso”, praticamente em uma categoria própria, quando o assunto são as substâncias “vilãs” da nossa sociedade. Mas será que para o nosso cérebro o jeito que olhamos para elas faz sentido? 

Não vamos entrar nos fatores históricos que ajudaram a construir as imagens do álcool e da maconha até os dias atuais, vamos falar sobre o que a ciência vem descobrindo em relação aos efeitos do uso de ambas para o nosso cérebro. E a verdade é que, seja cachaça, cerveja, whisky, vodka, vinho ou qualquer outra das incontáveis bebidas inventadas no mundo, se tiver álcool sua cabeça não vai gostar.

alcool

E olha que nem estou falando da clássica enxaqueca que vem com aquela ressaca, pois essa aí é fácil de resolver (beba sempre mais água!); a questão está nos estragos que vão durar muito mais tempo. De acordo com um estudo liderado pelo professor de psicologia e neurociência Kent Hutchison, da Universidade do Colorado (EUA), o consumo excessivo de álcool está ligado à diminuição de massa encefálica. 

A pesquisa, que analisou 850 adultos de até 55 anos e 440 adolescentes a partir dos 14, mostrou que a matéria cinzenta, lar dos neurônios, sofre perdas significativas em usuários frequentes de bebidas alcoólicas. No caso dos mais velhos, a massa branca, onde muitas conexões nervosas são realizadas, também é afetada. Acrescentando mais uma cor nesse desenho, o verdinho não resultou em danos nas regiões das pessoas observadas.

maconha

O estudo durou apenas 30 dias, por isso está longe de ser conclusivo em relação aos efeitos em longo prazo do consumo da maconha, mas foi suficiente para colocar mais uma vez em evidência o poder destrutivo do álcool nas nossas células cerebrais. Afinal, álcool é etanol, etanol é uma neurotoxina, e neurotoxinas fazem estragos no sistema nervoso. É assim que funciona. 

Já o debate em relação às substâncias presentes na erva criminalizada parece estar longe de uma conclusão. Enquanto pesquisas feitas em animais relacionam alguns canabinoides (compostos químicos produzidos na cannabis) a um efeito protetor sobre tecidos neurais, outras também mostram uma maior propensão de desenvolvimento de problemas psiquiátricos em usuários de longa data. 

Enquanto faltam recursos para pesquisas que coloquem resultados conclusivos na mesa, bilhões de dólares passam de mão em mão, de país em país, pelos gigantescos mercados legais e ilegais do álcool e da maconha espalhados pelo mundo. 

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