Ciência
26/06/2018 às 14:08•2 min de leitura
A Universidade de Nevada publicou recentemente um estudo sobre o impacto da tecnologia em problemas físicos em nosso corpo, mais especificamente a respeito de como o uso de tablets tem causado rigidez, dor e sofrimento a 84,6% dos consumidores. A mesma pesquisa mostra que 65,4% também acusam incômodo nas costas e nos ombros e esse “mal moderno” ganhou até mesmo um nome (ou dois): “Pescoço de tablet” ou “Pescoço de iPad”.
"As pessoas estão chegando com dores no pescoço e não estão percebendo que (o uso de tablets) é de onde vêm esses problemas. Perguntamos a eles: 'O que você anda fazendo bastante?’ E todo mundo diz que anda olhando muito para o telefone ou para o tablet", afirmou o médico John Abrahams, do Brain & Spine Surgeons of New York, em entrevista ao New York Post.
Um outro ponto curioso relacionado a esses dados é que dos 412 estudantes universitários examinados, mais de 70% que apresentaram esses sintomas são do sexo feminino. Mas quais as razões pelas quais as mulheres têm sofrido mais com isso? Bem, a análise do pessoal da Universidade de Nevada tem boas teorias para isso.
Os pesquisadores descobriram que a posição que mais leva à dor é a que faz com que nossas costas e o pescoço fiquem arqueados de forma irregular, para baixo. Isso porque flexionar o pescoço para frente por longos períodos pressiona a coluna, o que tensiona os músculos da região, incluindo os ombros. E sentar sem o apoio das costas aumenta as chances desse desconforto piorar.
Como as mulheres costumam ter o quadril mais largo ou possuem braços mais curtos e ombros estreitos, elas são mais propensas a se sentar no chão sem algum encosto para as costas ou de outras formas inadequadas, o que levam a esse quadro descrito acima. Por isso, entre o consumidores mais afetados por esse problemas, segundo a pesquisa, a maioria absoluta, 77%, é composta pelo público feminino, enquanto os 23% restantes ficaram com os homens.
“Mas e se eu sentar com o tablet no colo ou me sentar em uma cadeira com o tablet na mesa, em uma superfície plana?” Bem, esses dois casos também levaram ao “Pescoço de tablet”, com 55% acusando desconforto moderado, 10% apontando sintomas graves e 15% admitindo dificuldade para dormir.
Bem, infelizmente, não há algo que possa ser feito a não ser evitar as posições que induzam ao quadro ilustrado anteriormente. A solução mais fácil seria conseguir um bom assento como suporte, como uma boa cadeira, ou sustentar o dispositivo em um nível mais confortável, onde você possa olhar sem ter que forçar o pescoço e as costas.
Ou, fazer algo que a própria indústria vem martelando nesta temporada, a exemplo das iniciativas recentes da Google, da Apple e do Facebook/Instagram: diminuir consideravelmente o tempo que você fica colado com o rosto nas telinhas.
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“Pescoço de tablet” afeta 84,6% dos usuários, revela estudo médico via TecMundo