Ciência
24/10/2018 às 10:00•2 min de leitura
Todos nós enfrentamos momentos de tensão na vida, seja na hora de esperar o resultado de uma prova ou, quem sabe, na hora de subir ao altar e dizer “sim” em frente a diversos convidados. Pode ser até uma tensão antes de uma entrevista de emprego ou, ainda, naquele domingo em que você vai conhecer a família do crush… A questão é: quando é que uma pessoa se sente ansiosa e quando se pode dizer que ela tem um transtorno de ansiedade?
De acordo com a Dra. Karen Cassiday, que falou sobre o assunto com a equipe do Mental Floss, o sentimento principal é o mesmo, e o que faz diferença mesmo entre uma coisa e outra é a intensidade do que se sente e a forma como isso afeta a vida da pessoa.
Ela explica que a sensação de ansiedade é uma experiência comum e que todos nós sentimos as sensações físicas e a apreensão que a ansiedade traz, mas que a questão é se conseguimos lidar com isso: “Em um transtorno de ansiedade, aqueles sinais de perigo saem do controle e você se sente como se tivesse que tomar ações preventivas para se proteger”, ela explicou.
O transtorno é muitas vezes diagnosticado por um médico quando o paciente se sente ansioso e preocupado por meses, apresentando sintomas como insônia e dificuldade de concentração no trabalho ou nos estudos.
Dra. Cassiday explica que algumas pessoas têm dificuldades no trabalho quando precisam realizar tarefas específicas, como falar em público, ou se precisam viajar, caso não se sintam confortáveis em aviões.
O transtorno da ansiedade pode se apresentar em três formas principais: ansiedade generalizada, quando a tensão se relaciona a qualquer evento; ansiedade social, quando a tensão tem a ver com a interação com outras pessoas; e síndrome do pânico, quando a pessoa tem crises de pânico e nem sempre sabe reconhecer quais foram os gatilhos.
"Se você tem ansiedade, respire fundo em sincronia com esta imagem"
“As pessoas que têm transtornos de ansiedade evitam atividades normais e experiências para evitar dar o gatinho para as suas ansiedades. Elas não conseguem escolher fazer coisas que normalmente apreciam ou que fazem suas vidas ricas. Elas perdem oportunidades de se conectar em relacionamentos em suas comunidades, oportunidades de ser produtivas, de se voluntariar, de fazer dinheiro ou de terminar os estudos”, resumiu ela.
O preocupante é que 25% das pessoas vivem dessa maneira e nem sempre falamos abertamente sobre assuntos relacionados à saúde mental, o que é um erro enorme.
Se você se identifica com essas descrições, saiba que é possível aprender a lidar com a questão através do acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Cassiday também recomenda que pessoas ansiosas ou com transtornos de ansiedade se envolvam em atividades como meditação, yoga e a prática de exercícios físicos.
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