Artes/cultura
22/01/2020 às 08:33•2 min de leitura
Comer bem é fundamental quando se está em fase de crescimento, mas uma infância saudável vai além da alimentação equilibrada. Desviar a criançada de problemas como a obesidade — que, no Brasil, chega a atingir 3 em cada 10 crianças de 5 a 9 anos, de acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) — é uma tarefa múltipla, embora plenamente possível quando se conhece os caminhos certos para atingi-la.
Fomentar situações lúdicas, promover momentos de socialização e estruturar propostas criativas para combater o sedentarismo são saídas efetivas na promoção de um desenvolvimento sadio. Confira cinco hábitos que podem ser estimulados nas crianças em prol da saúde.
(Fonte: Pexels/Pixabay)
Coordenação, agilidade e força foram os maiores ganhos que a prática da capoeira rendeu a Gustavo Duarte, que nasceu com paralisia cerebral e teve sua experiência contada no portal do Ministério da Saúde. Assim como essa modalidade, muitas outras podem auxiliar no fomento de uma infância que renderá um bom suporte biológico e psíquico até a fase adulta.
Segundo um artigo publicado recentemente, a atividade física é capaz de proteger as crianças de lesões, ajudar no controle do peso e no desenvolvimento motor e, ainda, aumentar as chances de um futuro mais ativo. De acordo com o American College of Sports Medicine (ACSM), o tempo recomendado de exercícios moderados ou intensos para crianças e adolescentes é de aproximadamente 60 minutos por, no mínimo, 5 dias por semana.
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A companhia de colegas é um grande estímulo para tirar as crianças do sedentarismo. Entre amigos, a prática de esportes e atividades lúdicas é muito mais prazerosa e a socialização é promovida, dando vez ao fomento de uma autoestima sólida e à criação de vínculos, que promovem o bem-estar físico e emocional. Os pequenos podem aprender a viver melhor em grupo, lidar com as frustrações e, ainda, tendem a ter menos risco de apresentar depressão e ansiedade.
(Fonte: Rudy and Peter Skitterians/Pixabay)
Que a criança já tem certa preferência pelo gosto doce, ninguém discorda. O problema é que o açúcar é um dos grandes vilões da saúde e pode levar a sérios problemas no organismo. Seu consumo em excesso tende a aumentar o ganho de peso durante a infância e o desenvolvimento de doenças, como a obesidade. Então, mantenha os pequenos longe dele, principalmente antes dos 2 anos de idade.
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Não é por acaso que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta que crianças até 2 anos de idade fiquem longe de recursos como a televisão, o computador, o celular e o tablet. Em entrevista à Revista Saúde, a fonoaudióloga e psicopedagoga da Universidade de São Paulo (USP) Telma Pantano reforça que, embora esse cuidado deva estar presente em todas as fases, durante os dois primeiros anos do indivíduo, o cérebro deve ser submetido a experiências reais que ampliem a percepção do mundo ao redor. Essas sensações precisam estar pautadas em toques, livros ou brinquedos.
(Fonte: Khamkhor/Pixabay)
De olho no bem-estar das crianças, o Ministério da Saúde lançou o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis. E, claro, o que não poderia faltar entre as orientações era um alerta com relação aos alimentos ultraprocessados, que, segundo o estudo Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, efeito na obesidade e implicações para políticas públicas, estão entre as principais causas de doenças crônicas no mundo.
Na hora de montar o cardápio das crianças, o ideal é evitar salgadinhos, refrigerantes e embutidos e prezar por alimentos in natura, que não incluam açúcar, gorduras, sal ou óleos.