Ciência
17/04/2021 às 05:00•2 min de leitura
A perda ou alteração no olfato têm causado uma preocupação crescente na atualidade, por serem sintomas diretamente ligado com a covid-19. Porém, estas condições também podem estar associadas com outras doenças, que podem ser mais brandas ou mais sérias do que o próprio coronavírus.
Pensando nisso, separamos uma lista com alguns males que podem causar anosmia (perda parcial ou total do olfato) e hiposmia (alteração), e você pode conferir abaixo:
Esclerose Múltipla (EM), doença de Parkinson e Alzheimer podem ser responsáveis pela anosmia, com uma pesquisa revelando que 38% dos pacientes com EM e quase 50% de indivíduos diagnosticados com demência tiveram sinais de perda de olfato por volta de cinco anos antes do início da enfermidade. Entre os afetados por Parkinson, cerca de 45% a 96% sofreram complicações neste sentido.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
O mais interessante é que, por muitos anos, a anosmia foi ignorada como um indício de doenças degenerativas, mas atualmente, cientistas acreditam que ela é uma ótima forma de identificar esses problemas, permitindo um início mais rápido do tratamento para retardar o curso da enfermidade.
Aparentemente, quase 20% da população mundial possui alguma forma de comprometimento do olfato, com 0,3% passando por uma perda completa e 19,1% possuindo apenas uma alteração.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
Pesquisas apontaram que as disfunções olfativas também estão relacionadas com transtornos mentais como esquizofrenia, distonia - distúrbio que faz os músculos se contraírem de maneira incontrolável - e depressão.
E um estudo realizado em 2016 evidenciou que homens que sofriam da última condição tendiam a ter dificuldades para identificar cheiros, contudo, esta ligação não foi identificada entre as mulheres entrevistadas.
Segundo outro estudo, anosmia ou hiposmia podem ser um alerta de envelhecimento e aumento das chances de mortalidade. A pesquisa contou com mais de 2,2 mil indivíduos entre 71 2 82 anos, e revelou que aqueles com problemas olfativos tinham 46% mais risco de falecer dentro de dez anos.
Para Carl Philpott, professor de rinologia e olfactologia da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, isso pode estar ligado diretamente com a alimentação, afinal, comer de forma balanceada é essencial para a saúde, e de acordo com seu ensaio, "um terço dos pacientes com perda de olfato se alimentam em excesso, e outro terço dos pacientes se alimentam pouco".
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
Outra ligação entre a perda olfativa e o risco elevado de mortalidade foi identificado por Honglei Chen, professor de epidemiologia e bioestatística da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos: uma exposição maior a ambientes perigosos.
Por exemplo, sem a capacidade de identificar cheiros, é possível que uma pessoa passe mais tempo em lugares nos quais possa inalar fumaça tóxica ou se expor a outras situações adversas que alguém com olfato teria percebido mais rapidamente.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
Se você acordou com dificuldades de identificar cheiros e já começou a se preocupar que pode estar com covid, primeiro é preciso avaliar se a anosmia foi gradual ou não. Gripes, resfriados, rinite, sinusite e alergias causam uma perda progressiva e passageira do olfato, porém, com o coronavírus, esta alteração é súbita.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)