Artes/cultura
13/03/2022 às 09:00•2 min de leitura
Após a cidade do Rio de Janeiro publicar um decreto anunciando o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras nesta semana, a mesma discussão se espalhou para outros estados do Brasil. Regiões de grande população, como São Paulo, já planejam ir pelo mesmo caminho em um futuro próximo.
Entretanto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) declarou que achou a decisão um tanto quanto precipitada, uma vez que a pandemia não acabou por completo e ainda existem pessoas mais suscetíveis às versões mais agressivas da covid-19. Portanto, mesmo com o fim obrigatório das máscaras conta o coronavírus, para quem é mais recomendado continuar se protegendo?
Leia também: Parosmia: a terrível sequela da covid-19
(Fonte: Shutterstock)
Pessoas que possuem baixa imunidade, também chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas, estão entre os grupos de pessoas que devem continuar usando máscara 100% do tempo. Inclusive, na cidade do Rio, a prefeitura não removeu a obrigatoriedade para essas pessoas.
Esse grupo inclui pacientes com HIV, pessoas com câncer, transplantados e outros indivíduos com o sistema imunológico fragilizado. Isso faz com que essas pessoas estejam mais suscetíveis a infecções. Inclusive, é importante que os índices de vacinação continuem altos para que os imunossuprimidos não sofram com novas variantes da covid-19.
(Fonte: Shutterstock)
Pessoas pertencentes aos grupos de comorbidade ainda devem ter bastante cautela quanto a pandemia. No Rio, esses indivíduos também permanecem dentro da obrigatoriedade do uso de máscaras — principalmente por serem considerados mais vulneráveis ao vírus.
O Ministério da Saúde considera como comorbidade doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade mórbida, hipertensão arterial, cirrose hepática e outros. As comorbidades aumentam a chance do desenvolvimento de doenças mais graves, mas em "menor" risco que os imunossuprimidos.
(Fonte: Shutterstock)
Como grande parte dos idosos recebeu a CoronaVac — que demonstrou menor eficácia do que outros imunizantes distribuídos no país — em seu esquema prioritário de vacinação, especialistas acreditam que essas pessoas ainda estão vulneráveis contra a covid-19 e, portanto, devem manter o uso de máscaras.
Inclusive, as máscaras fornecem uma proteção maior para os idosos que sofrem com o envelhecimento do sistema imunológico ao longo dos anos, o que faz com que a saúde dessas pessoas se comprometa mais fácil. Por esse motivo, qualquer tipo de proteção adicional não é demais.
(Fonte: Shutterstock)
Como a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos ainda não está avançada — cerca de 50% tomaram uma dose da vacina — é preciso ter certos cuidados. Apenas 1,43% dessa população já tomou a segunda dose da vacina e estão, de certa forma, vulneráveis à doença pela falta de cobertura vacinal.
Apesar de as crianças serem menos suscetíveis a desenvolver uma versão grave da doença, isso não significa que não possa acontecer. Muitos estados estão deixando a decisão do uso de máscaras para os colégios e o próprio Rio de Janeiro não colocou esse grupo dentro da obrigatoriedade. Mesmo assim, vale a pena continuar se protegendo.
(Fonte: Shutterstock)
Pessoas não vacinadas — seja sem a dose de reforço, segunda dose ou nenhuma das doses — estão bem mais vulneráveis ao vírus do que o restante da população e devem manter o uso de máscaras. Esse grupo, além de estar completamente exposto à covid-19, também permanece transmitindo o vírus em maior carga viral.
Portanto, apenas o distanciamento social não ajudaria a conter novas escaladas de casos. Para isso, pessoas não vacinadas devem manter o uso de máscaras para não comprometer outros grupos da sociedade e também para se proteger.