Estilo de vida
27/04/2023 às 11:00•2 min de leitura
Conhecido por sua casca dura e espinhosa, o pequi é um fruto nativo do cerrado brasileiro e de forte presença nas mesas da região centro-oeste do país. De origem indígena, o seu nome significa "pele com espinhos" em tupi-guarani, e por conta disso pode assustar os mais desavisados durante o consumo.
O que muita gente não sabe, entretanto, é que muitas informações que circulam na rede não são totalmente verdadeiras. O professor Flávio Landim, que leciona biologia na plataforma Professor Ferreto, explica, por exemplo, que é preciso cuidado ao consumir o fruto conhecido como "ouro do cerrado".
"Para evitar a experiência desconfortável de ter espinhos na língua e gengiva, é aconselhável que o pequi (Caryocar brasiliense) seja cuidadosamente roído ou raspado com a colher ao invés de ser mordido. Mas caso esse pequeno acidente aconteça, os espinhos podem ser removidos com uma pinça mesmo", explica o professor.
Por ser uma fruta que desperta curiosidade em diversas pessoas, foram listadas cinco informações que serão desvendadas com a ajuda do professor de biologia. Confira a seguir:
Mito. Conforme mencionado, apesar dos espinhos causarem dor na região afetada, não existe veneno nenhum neles ou no fruto em si.
"Como qualquer outro alimento, existe a possibilidade do pequi desencadear uma reação alérgica a algumas pessoas ou intoxicação caso seja ingerido em quantidades muito grandes. Mas veneno, não" explica o docente.
(Fonte: Metrópoles/Reprodução)
Verdade. A polpa do pequi possui o dobro de vitamina C de uma laranja e é um grande anti-inflamatório natural.
"O pequi possui diversos benefícios para a saúde, e por também ser rico em vitamina A e carotenoides, é um aliado na proteção da visão, assim como no combate ao envelhecimento precoce e na prevenção do câncer, por ser um alimento antioxidante", afirma o docente.
Verdade. Landim explica que por ser altamente afrodisíaco, há quem diga que ele é o responsável por muitos casamentos, namoros e nascimentos de crianças na região central do Brasil.
"Os alimentos afrodisíacos sempre geram muita curiosidade. Isso ocorre porque alguns nutrientes estão diretamente ligados com a libido, e seu consumo contribui com o enriquecimento dos nossos sentidos sexuais", explica.
Mito. Não existe nenhuma contraindicação ao consumo do pequi ao natural. "Vale mencionar que o sabor do fruto cru é muito mais forte, por isso muitas receitas sugerem o cozimento do pequi para que seu sabor fique mais suave, essa é a única ressalva", explica o professor.
O docente de biologia ainda ressalta que até o óleo da iguaria pode ser aproveitado, e em muitas regiões é usado como artifício medicinal.
Mito. O pequizeiro, árvore do fruto, não está em risco de extinção. "No entanto, a degradação do cerrado brasileiro pode afetar a produção do fruto. Por isso, é importante que haja políticas públicas de preservação da biodiversidade e incentivo à produção sustentável", finaliza Landim.