Artes/cultura
03/05/2023 às 06:30•2 min de leitura
Se hoje os avanços tecnológicos fizeram com que a ciência progredisse em diversos campos da medicina, os nossos antepassados não tiveram os mesmos recursos para contornar algumas "falhas" humanas. Por exemplo, pessoas que desejassem realizar tratamentos de fertilidade precisavam optar por métodos mais ousados e criativos.
Enquanto a fertilização assistida e a criação de novos medicamentos ajudaram casais a procriar nos últimos anos, garantir a gravidez no passado poderia exigir algumas estratégias um tanto quanto ousadas. Para ilustrar esse tópico, nós separamos uma lista com cinco tratamentos de fertilidade que jamais seriam usados hoje em dia. Veja só!
(Fonte: Getty Images)
Por volta do século IV a.C., um estranho método contraceptivo passou a ser sugerido por Hipócrates — importante fundador da medicina moderna. Apesar de seu sucesso em outras áreas da ciência, ele tinha a mania de falar sobre remédios para infertilidade de formas completamente questionáveis.
Em um de seus ensaios, Hipócrates afirmou que mulheres que não desejassem engravidar deveriam, em jejum, comer manteiga vegetal e tomar o leite de uma mulher que deu à luz a um menino. Segundo ele, se a jejuadora vomitasse após beber tal poção, isso significava que ela "obviamente" engravidaria.
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A maioria das civilizações antigas acreditava em deuses e deusas responsáveis pelas formas como o mundo funcionava — inclusive quando o assunto era fertilidade. Os etruscos, por exemplo, tinham uma visão de que oferendas poderiam resolver quaisquer problemas para quem desejasse engravidar.
Na Toscana, arqueólogos descobriram pequenas estátuas de bebês recém-nascidas que foram jogadas em fontes termais. A crença dizia que a fonte termal simbolizava a cura. Logo, jogar pequenas estátuas de bebês nesses lugares era um pedido para aumentar as chances de se tornar mãe.
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Um dos métodos antigos mais estranhos para melhorar a fertilidade em mulheres acontecia na Roma Antiga, onde o deus Marte era celebrado em outubro. Nessa época do ano, ocorria um festival direcionado para o tratamento da infertilidade.
Segundo historiadores, um dos rituais praticados nessa festa incluía padres correndo pelas ruas de Roma carregando chicotes feitos de pele de cabra, os quais eram usados para bater na barriga de mulheres que não conseguiam engravidar. Os motivos por trás da prática, no entanto, nunca foram descobertos.
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Na época do Império Asteca, um método tenebroso para tratar a infertilidade incluía o sacrifício humano. Na visão dos astecas, uma deusa chamada Xochiquetzal era a responsável pelo processo inteiro. Então, eles selecionavam uma virgem para fingir ser a deusa e se casar com um guerreiro renomado — favorecendo a imagem da entidade.
Um ano após esse ritual, a virgem seria sacrificada e teria sua pele removida. Em seguida, um dos sacerdotes de Xochiquetzal usaria essa pele como oferenda para a deusa, que por sua vez concederia bençãos de fertilidade e parto saudável para seus discípulos.
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Na Inglaterra medieval, diversos médicos passaram a sugerir remédios bizarros para tratar a infertilidade. Um deles envolvia remover os testículos de um porco macho e secá-los. Uma vez que os órgãos estivessem secos, o paciente deveria triturá-los até transformá-los em pó, que seria misturado com vinho.
Então, o vinho deveria ser bebido pelo paciente que almejasse garantir sua fertilidade — com garantia de três dias para funcionar. Curiosamente, o médico que escreveu essa receita nunca especificou se era a mulher ou o homem da relação quem deveria tomar a poção.