Artes/cultura
23/01/2024 às 04:30•2 min de leitura
Para quem optou por mudar a dieta, seja em decorrência de alguma restrição alimentar, ou mesmo em virtude do desejo de ser mais saudável, é preciso ter bastante atenção com a qualidade das refeições escolhidas.
Isso porque optar por priorizar um determinado grupo alimentar não é a melhor escolha, pelo menos não para quem deseja controlar e induzir a perda de peso com adoção de dietas low carb, segundo um estudo. Ou seja, cortar os carboidratos, por si só, sem se atentar a alguns aspectos, não é o caminho ideal.
Pesquisadores da Harvard T.H. Chan School of Public Health analisaram a adoção de cinco dietas com redução de carboidratos. Foram considerados os hábitos alimentares de mais de 123 mil pessoas em um longo período, entre os anos de 1986 e 2018.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Com idade média de 45 anos, a maior parte desse grupo era composta por mulheres (83%). Os dados foram obtidos a partir de três estudos e ofereceram uma perspectiva interessante.
Ao todo, foram cinco as dietas consideradas:
Ao comparar as variações do peso dos participantes com o tipo de dieta seguida, pesquisadores constataram que as dietas ricas em proteínas e gorduras de origem animal, com a presença de carboidratos processados, foram associadas a um ganho de peso mais rápido.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Dietas que priorizavam o consumo de proteínas, vegetais, gorduras e carboidratos de alta qualidade, como os grãos integrais, foram associados a um ganho de peso mais lento a longo prazo. Ou seja, esse tipo de alimentação beneficia tanto quem deseja ser mais saudável, quanto controlar o ganho de peso.
Para Qi Sun, professor do departamento de nutrição da Harvard T.H. Chan School of Public Health: "nossas descobertas podem mudar a forma como pensamos sobre as dietas populares com baixo consumo de carboidratos, sugerindo que as iniciativas de saúde pública devem continuar a promover padrões alimentares que enfatizam alimentos saudáveis, como cereais integrais, frutas, vegetais e proteínas com baixo teor de gordura".
Apesar do recorte não ter explorado um público mais heterogêneo, o trabalho, publicado na revista JAMA Network Open, fornece uma nova visão acerca das dietas low carb e que poderá ser complementado por estudos conduzidos futuramente.