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12/09/2024 às 15:00•2 min de leituraAtualizado em 12/09/2024 às 15:00
Um novo estudo, feito pela Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan, da Universidade da Califórnia, e pela Aliança Global para Nutrição Melhorada, fez uma afirmação polêmica: que dois terços das pessoas do mundo podem não estar obtendo quatro vitaminas e minerais essenciais por meio de sua alimentação.
Os pesquisadores dizem que essa constatação é um alerta para a saúde em termos globais, e que deveria provocar modificações nos modos pelos quais enxergamos a nossa alimentação. Vejamos que vitaminas e nutrientes são esses e onde eles podem ser encontrados.
O iodo é um micronutriente essencial para o funcionamento do organismo humano, pois é utilizado na produção dos hormônios da tireoide. O corpo humano não o produz – por isso, depende da alimentação para obtê-lo.
A pesquisa afirma que ele está no topo dos nutrientes que não estamos ingerindo o suficiente: 68% das pessoas têm deficiência de iodo. O elemento está presente em frutos do mar e laticínios, e tem papel fundamental na produção do hormônio tiroxina, que mantém as células funcionando, além de ser vital para a saúde do coração.
A vitamina E é um nutriente lipossolúvel que tem como função central o combate dos radicais livres que podem prejudicar as células. O corpo humano não a sintetiza, e por isso precisa obtê-la por meio da alimentação ou de suplementos.
67% das pessoas sofrem de deficiência de vitamina E, encontrada em nozes, sementes e ovos. Essa vitamina ajuda na eliminação de resíduos e também protege o corpo contra infecções.
O cálcio é o mineral mais presente no corpo humano, sendo que cerca de 99% dele está armazenado nos ossos, incluindo os dentes. Ele também é essencial para a saúde do coração, músculos e nervos.
Embora esteja disponível em alimentos como leite, queijo e vegetais de folhas verdes, cerca de 66% de nós sofre de deficiência de cálcio.
O ferro está em falta nas dietas de 65% das pessoas. Ele pode ser encontrado em alimentos como fígado, carne vermelha e feijão, e tem participação central na produção da hemoglobina que precisamos para transportar o oxigênio pelo corpo. Quem tem deficiência de ferro pode ter fadiga severa, além de vários outros problemas de saúde.
A equipe responsável pelo estudo sugere que as constatações sejam usadas para produzir dietas mais balanceadas, o que, por consequência, levaria a menos problemas de saúde. "O desafio de saúde pública que enfrentamos é imenso, mas os profissionais e formuladores de políticas têm a oportunidade de identificar as intervenções alimentares mais eficazes e direcioná-las às populações mais necessitadas", afirmou Christopher Golden, epidemiologista e ecologista da Universidade de Harvard, que foi um dos autores desta pesquisa.