Ciência
25/05/2024 às 12:00•3 min de leituraAtualizado em 25/05/2024 às 12:00
A noite de 14 de abril de 1912 entrou para a história quando o Titanic, um dos mais icônicos navios da história, foi parar no fundo do mar. Pouco após colidir com um iceberg, cerca de três horas, o que deveria ser uma viagem marcante se tornou uma das maiores tragédias em alto mar, digna de documentários, livros e filmes, incluindo um vencedor de 11 Oscars.
Mas a tragédia parece ganhar novos contornos quando vemos algumas fotos do antes e do depois do naufrágio do navio. As 1500 vidas perdidas e o desespero que tomou conta das pessoas que tentavam um espaço nos 20 botes salva-vidas que ocupavam o Titanic, ao invés dos 64 que lá deviam estar, são diferentes ao visualizar essas imagens.
Foram cerca de 26 meses de trabalho até que o RMS Titanic estivesse pronto. Sua construção começou no ano de 1909 em Belfast, capital da Irlanda do Norte. Foram milhares de trabalhadores envolvidos na execução do projeto – até então, o maior navio já construído. Desde aquele momento até os dias de hoje, muitas discussões levantaram a possibilidade de que, além do iceberg, o Titanic tivesse falhas de projeto.
Em 2008, uma reportagem do The New York Times mostrou o navio foi construído com rebites de baixa qualidade, o que teria colaborado a que a estrutura não ficasse unida. De acordo com a matéria, a empresa não encontrou rebites suficientes para a construção, decidindo utilizar os que haviam à disposição.
O RMS Titanic tinha Liverpool registrado como porto de origem, tudo porque o escritório da companhia marítima White Star Line ficava na cidade. Era a partir dali que os barcos da empresa costumavam sair, mas isso mudou em 1907, quando o porto de Southampton, na costa sul da Inglaterra, tornou-se o ponto de partida.
A viagem inaugural do Titanic ocorreu no dia 10 de abril de 1912, e seria a primeira de várias travessias na rota Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos. Maior e mais imponente, o Titanic não seria o único navio a cumprir a rota criada pela White Star Line – mas foi o único a afundar.
O projeto do RMS Titanic foi elaborado de modo que a primeira classe do navio oferecesse o auge do conforto e do luxo à época. Como é possível ver em imagens, o setor oferecia aos tripulantes ginásio, piscina, sala para fumantes, banho turco em estilo vitoriano, muitas cabines suntuosas, bons restaurantes e cafés. O da foto é o Café Parisien, administrado por um chef contratado para a viagem, que infelizmente perdeu sua vida na tragédia.
Edward J. Smith era o capitão que comandava o maior navio à época. Era ela o mais antigo entre os capitães da White Star Line, tendo sido transferido do comando de outro navio da empresa, o Olympic, para cuidar da viagem inaugural do RMS Titanic, como é possível ver na imagem acima.
Oficial da marinha britânica, estava há mais de 30 anos na empresa, mas tinha em seu histórico um incidente anterior com o Olympic, o que não o impediu de receber uma espécie de promoção.
À sua má condução é atribuído o acidente com o iceberg, mas também há relatos de que ele teria agido mal no processo de evacuação dos tripulantes. Edward J. Smith afundou e faleceu junto com o Titanic.
Após o acidente com o RMS Titanic, alguns outros navios fizeram registros fotográficos do que se supõe ser o iceberg com o qual o barco comandado por Edward J. Smith colidiu. Relatos do comissário responsável pela foto, feita na manhã seguinte ao naufrágio, indicavam a presença de tinta vermelha na base do iceberg, o que seria um indício de colisão com um navio horas antes.