Ciência
24/08/2024 às 08:00•2 min de leituraAtualizado em 24/08/2024 às 08:00
As bibliotecas e demais arquivos ainda indecifrados guardam segredos que despertam a curiosidade de muita gente. Falamos aqui de textos não traduzidos, ou de línguas esquecidas, que ainda estão envoltos em mistérios ainda não desvendados pelos linguistas e estudiosos.
Ou seja, há ainda muito a se conhecer sobre civilizações extintas e tradições culturais de todo tipo. São segredos que um dia poderemos descobrir – se é que um dia isso acontecerá.
O Manuscrito Voynich é um códice que foi descoberto no século XV e que contém uma escrita desconhecida. Seu nome se dá porque ele foi encontrado pelo antiquário e bibliófilo americano Wilfrid Michael Voynich no ano de 1912.
Não se sabe quem é o seu autor, nem qual era a função desse livro. As páginas do manuscrito possuem lustrações complexas de plantas que não parecem naturais, além de constelações desconhecidas e cenas etéreas de mulheres nadando em banheiras verdes. Já o texto, que ficou conhecido como “Voynichese”, nunca foi decifrado por alguém.
Muitos estudiosos ainda se debruçam sobre o Manuscrito Voynich, mas ainda não sabem muita coisa. Algumas teorias afirmam que ele pode ser um manual científico sobre ervas, enquanto outras propõem que seja tudo uma grande farsa.
Da Ilha de Páscoa, localizada na Polinésia, vem a escrita rongorongo. Trata-se de um sistema de escrita hieroglífica desenvolvido pela civilização que vivia na ilha entre os anos de 690 d.C. e 1200 d.C. Considera-se que essa escrita foi um ganho civilizatório significativo, pois a ilha era extremamente isolada.
A escrita rongorongo é formada por sinais pictóricos representando vários objetos, mas até hoje não se sabe ao certo o que eles querem dizer. Só há 24 suportes de escrita restantes, sendo que a escrita começou a se encerrar em 1862.
Ainda não se conhece o significado nem o propósito da escrita rongorongo. Teorias sugerem que as tábuas com escrita podiam ser usados por sacerdotes para recitar cânticos sagrados e encantamentos.
A civilização olmeca foi uma cultura pré-colombiana da Mesoamérica que viveu nas regiões tropicais do centro-sul do México. Os olmecas eram conhecidos como “povo da borracha”, justamente por terem conhecimento sobre a coleta e o processamento da borracha retirada das árvores.
Existem vários artefatos olmecas com desenhos intrincados, glifos e inscrições, que provavelmente indicam uma escrita que ainda não teve tradução. Há muito debate entre os pesquisadores em torno desse mistério: se há ali uma língua constituída ou uma mistura de símbolos pictóricos e logogramas. É possível que a escrita olmeca revele detalhes desconhecidos sobre as mitologias, rituais, eventos históricos e estruturas sociais desse povo.
A civilização etrusca precedeu os romanos no centro e no norte da Itália, e deixou registrada inúmeras inscrições que constituem até hoje uma língua misteriosa. Um artefato importante é uma tábua de arenito desenterrada no sítio de Poggio Colla, com letras legíveis e sinais de pontuação.
Pode ser que essa língua não decifrada revele palavras e nomes dos deuses que vão além do que se conhece hoje sobre os etruscos, além de dados sobre o governo, a cultura e a vida diária desse povo. Isso tudo é especialmente importante porque os etruscos influenciaram significativamente o desenvolvimento romano em vários aspectos.