Ciência
14/11/2017 às 12:45•2 min de leitura
Muitas das descobertas científicas aconteceram praticamente por acaso e são sustentadas por histórias mirabolantes. A teoria da gravidade, por exemplo, foi formulada depois que uma maçã caiu sobre a cabeça de Sir Isaac Newton, em 1666. Bem, ao menos é isso que ficou para a história, mas, na realidade, trata-se apenas de um boato propagado até hoje.
Acontece que o parlamentar John Conduitt, casado com a sobrinha de Newton, escreveu um memorial ao cientista no ano de seu falecimento, em 1726, e inclui esse detalhe para deixar a história mais bonitinha. Supostamente, o próprio Newton usava a versão de que uma maçã tinha caído da árvore e o feito clarear as ideias em relação às forças gravitacionais.
O escritor William Stukeley, que conheceu Newton, também relatou uma conversa semelhante que teve com o cientista, em seu livro biográfico de 1752. Na época, ele conta que Newton questionava o fato de a maçã cair sempre em direção ao centro da Terra e nunca perpendicularmente ou “para cima”.
Casa em que Sir Isaac Newton nasceu
A casa em que Newton nasceu, em 1643, se chamava Woolsthorpe Manor e está localizada no condado de Linconlshire, na Inglaterra. Aos 20 e poucos anos, ele estava estudando na Universidade de Cambridge, quando retornou à cidade natal para passar um tempo enquanto a instituição estava fechada por causa da peste negra.
Não se sabe exatamente embaixo de qual macieira Newton estava quando viu a maçã cair no chão – e não sobre sua cabeça, como reza a lenda –, mas como só existia uma em Woolsthorpe Manor, assumiu-se que essa era a famosa. A partir de 1750, iniciou-se um esforço de preservação para que ela permanecesse sempre em pé.
Infelizmente, uma forte tempestade arrancou a macieira do chão em 1816. Só que algumas raízes permaneceram fixas, e enxertos conseguiram resgatar o pedaço da História que quase sucumbiu naquele ano. Desde então, ela permanece em pé e já forneceu mudas que prosperam em outras localidades, como o Departamento de Física da Universidade de York e o Trinity College, em Dublin. Até mesmo o Instituto Bariloche, na Argentina, tem um pedacinho da árvore “semioriginal” de Newton.
Confira a árvore nos dias de hoje:
Macieira que entrou para a História